Gestantes devem temer as uvas? Especialista desmente mito
Apesar dos boatos nas redes, nutricionista explica como o consumo moderado de uvas pode ser bom aliado na gestação
Entre boatos e confusões em tempos de desinformação, até a inocente uva caiu na boca do povo – e das grávidas. Mas será que essa pequena fruta é mesmo perigosa durante a gestação, como dizem alguns influenciadores digitais nas redes sociais? Chegou a hora de desfazer mitos e mostrar como essa frutinha, na verdade, pode ser uma aliada nesse período.
Desde que a mãe tenha uma alimentação saudável, balanceada e variada – e a fruta esteja bem higienizada e sem traços de contaminação — o consumo da uva não oferece grandes riscos para o bebê ou a gestante, conforme explica Leliane Fraga, nutricionista cearense especializada em nutrição clínica e materno-infantil.
Fonte de vitaminas C, K, ácido fólico e antioxidantes, além de conter fibras e água que auxiliam na digestão, as uvas são uma escolha saudável durante a gestação. O resveratrol, encontrado sobretudo na casca da fruta, pode ser benéfico à saúde quando consumido em pequenas quantidades.
“Não há evidências científicas que comprovem que o consumo de uvas traga malefícios ao bebê”, diz Fraga.
O Brasil, aliás, não só consome muita uva, como também vende no mercado internacional — e, portanto, o produto precisa atender aos padrões de biossegurança de diversos países. Em julho deste ano, o Observatório do Mercado de Uva da Embrapa divulgou que os valores da exportação da uva chegaram a US$ 1,24 milhões: Estados Unidos, Reino Unido, Países Baixos e Argentina foram os principais destino.
Recomendações alimentares
Para além da uva, uma dieta rica em frutas fornece vitaminas, minerais e fibras essenciais para as gestantes. A laranja, a tangerina e o morango são ricas em vitamina C; a banana é fonte de potássio; o mamão, rico em fibras, ajuda no trânsito intestinal; a manga e o abacaxi são ajudam na hidratação e fornecimento de energia; e o abacate é uma excelente fonte de gorduras boas, vitamina E e ácido fólico, importantes para o desenvolvimento neurológico da criança.
Mas, como em qualquer situação, “o consumo exagerado pode causar desconfortos, como problemas digestivos”, adverte a nutricionista.