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Afinal, gestante pode comer comida japonesa?

Recomendação para evitar o sushi durante a gestação é comum, mas aqui explicamos os motivos e os mitos por trás disso

Por Maurício Brum
7 jul 2024, 17h00
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Comida crua pode conter parasitas e outros microrganismos perigosos, mas culinária japonesa vai muito além de sushi e sashimi, com diferentes opções de pratos fritos e cozidos (Freepik/Reprodução)

Se você gosta de comida japonesa e está pensando em engravidar, certamente já deve ter ouvido um comentário do tipo: aproveita agora, porque depois que ficar grávida não pode. 

Mas será que faz sentido? Afinal, de onde veio essa recomendação?

Quais os riscos da comida japonesa na gravidez

O grande problema, é claro, não é a nacionalidade do alimento, mas a forma de preparo. O que deixa médicos de cabelos em pé durante a gestação, na verdade, é o consumo de comida crua — ou seja, vale tanto para o sushi e sashimi quanto para pratos que passam longe do Japão, como um carpaccio, steak tartare ou até leite não pasteurizado e saladas.

Essa preocupação deve-se ao fato de que alimentos crus podem conter parasitas e outros microrganismos extremamente prejudiciais à saúde, que geram quadros ainda mais graves num contexto de gravidez. É possível contrair um quadro de salmonella ou listeriose, entre outras encrencas sérias.

No caso de uma salada, por exemplo, você até consegue reduzir esse risco lavando bem o alimento. Mas, quando se trata de uma proteína animal, a forma típica de eliminar os micróbios é com o cozimento — algo que vai pelo ralo quando ela é ingerida crua. Em relação à comida japonesa, entra também um cuidado a mais: algumas espécies de peixe podem apresentar contaminação por mercúrio, também muito danosa à saúde.

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Melhor prevenir do que remediar

De forma clara: o alimento cru não é um problema por si mesmo, mas acende alerta porque aumenta muito o risco de contrair alguma doença evitável. 

Se você conhece a procedência do alimento que está consumindo e nunca teve problemas de contaminação com o lugar que preparou, em geral a tendência é que o consumo continue sendo seguro mesmo durante a gestação.

Mas aí vale a sabedoria popular: se existe um risco evitável, por menor que seja, vale mais prevenir do que remediar. Aguente uns meses a mais para voltar ao sushi bar — e a outros pratos “perigosos” — e não coloque uma preocupação desnecessária a mais nesse período tão delicado como a gravidez. Ou, se a vontade for muito forte, escolha um hot Filadélfia, um yakisoba ou outros pratos cozidos ou fritos.

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