Está com febre na gestação? Veja causas, cuidados e quando se preocupar

Entenda quais os sintomas preocupantes para uma grávida e quando é necessário buscar ajuda médica

Por Redação Pais e Filhos
8 jun 2025, 07h00
gravida doente deitada dormindo
 (krakenimagens.com/Reprodução)
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Durante a gestação, o sistema imunológico da mulher sofre adaptações naturais que podem deixá-la mais vulnerável a infecções. Entre os sintomas que mais preocupam nesse período está a febre, que costuma ser um sinal de alerta para o organismo, indicando que há algo fora do esperado. Embora muitas vezes esteja relacionada a causas simples, como um resfriado, também pode ter origem em infecções que exigem atenção médica imediata, como infecções urinárias, virais ou até casos mais raros, como a gravidez ectópica.

Infecções mais comuns que provocam febre na gestação

Febre na gravidez pode surgir em quadros leves, como um resfriado, até em situações que envolvem risco para a mãe e o bebê. Veja abaixo algumas das causas mais comuns:

  • Gripe e resfriado: São infecções respiratórias virais frequentes que podem causar febre baixa, mal-estar, congestão nasal e dor no corpo. O tratamento geralmente envolve repouso, hidratação e monitoramento dos sintomas, sempre com orientação médica.
  • Infecção urinária: Muito comum durante a gestação, é causada principalmente pela bactéria Escherichia coli e pode provocar febre, dor ao urinar, vontade constante de ir ao banheiro e urina com cheiro forte ou aspecto turvo. A infecção precisa ser tratada com antibióticos prescritos pelo obstetra para evitar complicações, como parto prematuro.
  • Dengue, zika e chikungunya: Essas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti também podem afetar gestantes. A dengue, por exemplo, pode causar febre alta, manchas na pele, dores musculares e articulares. Já a zika está associada ao risco de microcefalia no feto. Por isso, qualquer sintoma deve ser investigado.
  • COVID-19: A infecção pelo coronavírus pode evoluir de forma mais intensa em gestantes, exigindo monitoramento constante, isolamento e, em alguns casos, internação. Febre, tosse e cansaço estão entre os sintomas mais comuns.

Doenças menos frequentes, mas que exigem atenção redobrada

  • Pneumonia: Causada por vírus ou bactérias, a pneumonia pode provocar febre, tosse com catarro, dificuldade para respirar e dor no peito. O tratamento pode envolver antibióticos e, dependendo da gravidade, internação.
  • Listeriose: É uma infecção bacteriana adquirida pela ingestão de alimentos contaminados, como queijos não pasteurizados e embutidos crus. Embora rara, pode ter consequências graves para o bebê, como aborto espontâneo e parto prematuro. Febre alta e dores no corpo são os principais sinais.
  • Toxoplasmose: Essa infecção, causada por um parasita, pode ser assintomática ou apresentar febre, dores no corpo e aumento dos gânglios. Durante a gravidez, é importante identificar a doença para evitar riscos ao feto, como problemas oculares e neurológicos.

Como tratar a febre na gravidez de forma segura

O primeiro passo é não ignorar os sintomas. Febres acima de 37,8°C merecem atenção, especialmente se acompanhadas de calafrios, dores de cabeça, dificuldade respiratória ou dor abdominal. Para aliviar a temperatura, algumas medidas podem ser adotadas:

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  • Ficar em ambiente arejado e usar roupas leves;
  • Fazer compressas frias na testa e pescoço;
  • Beber bastante líquido, como água e chás suaves (como camomila);
  • Descansar o máximo possível.

Quando há necessidade de medicação, o paracetamol é considerado seguro para uso durante a gestação, desde que prescrito por um profissional. Outros antitérmicos devem ser evitados sem avaliação médica, pois podem trazer riscos ao bebê.

Quando procurar ajuda médica

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Nem toda febre é sinal de complicação, mas é importante ficar atenta a alguns sinais que indicam a necessidade de assistência médica imediata:

  • Febre persistente por mais de 24 horas;
  • Dor abdominal forte;
  • Sangramento vaginal;
  • Vômitos constantes;
  • Ausência de movimentação fetal após o segundo trimestre.

Manter o pré-natal em dia é a melhor forma de prevenir e tratar infecções de forma precoce. Em casos de dúvida, é sempre melhor consultar o obstetra. Cada gravidez é única, e um acompanhamento próximo faz toda a diferença para garantir o bem-estar da mãe e do bebê.

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