Displasia de quadril: cuidados essenciais e como evitar problemas no desenvolvimento
Entenda como funciona o diagnóstico e tratamento da condição

A displasia de quadril é uma condição que afeta a formação da articulação do quadril e pode causar problemas no desenvolvimento do bebê. Embora o diagnóstico e tratamento precoces sejam fundamentais para evitar complicações a longo prazo, muitas mães não estão familiarizadas com a importância de exames como o ultrassom de quadril logo após o nascimento.
O que é displasia de quadril e como ela ocorre?
A displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) é uma alteração que ocorre na formação da articulação, onde o acetábulo – a cavidade da bacia – não se desenvolve de forma adequada para manter a cabeça do fêmur no lugar. Essa condição pode variar desde uma leve insuficiência do acetábulo até o deslocamento completo da cabeça do fêmur.
Embora a DDQ não cause sintomas diretos, ela pode ser identificada em alguns sinais físicos, como a instabilidade na articulação logo ao nascimento, diferença no comprimento das pernas ou dificuldade ao trocar a fralda.
Exames preventivos: a chave para o diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce da displasia de quadril é essencial para um tratamento bem-sucedido e pode evitar complicações futuras. A ultrassonografia de quadril é fundamental para detectar a displasia, principalmente nos primeiros meses de vida. O exame pode ser realizado logo após o nascimento, sem a necessidade de sedação e sem exposição à radiação, tornando-se uma ferramenta de diagnóstico segura e eficaz.
Em alguns países, como a Áustria, a realização de ultrassom de quadril em todos os recém-nascidos ajudou a erradicar complicações relacionadas ao diagnóstico tardio. No Brasil, o exame é recomendado para bebês que nasceram em posição pélvica ou para aqueles que têm histórico familiar de displasia de quadril, além de ser fundamental para meninas, que apresentam maior risco de desenvolver a condição.
Tratamento: quando o diagnóstico é feito de forma precoce
O tratamento da displasia de quadril depende da gravidade do caso e da idade do bebê. Nos primeiros meses de vida, a utilização de órteses como o suspensório de Pavlik pode ser eficaz para corrigir a posição do quadril. Quando o diagnóstico ocorre após os 6 meses de idade, pode ser necessário o uso de gesso ou até procedimentos cirúrgicos.
A importância de acompanhamento contínuo
A displasia de quadril pode causar problemas durante o crescimento da criança e pode levar a complicações a longo prazo, como dores no quadril, joelhos e coluna. Com o passar dos anos, se não tratada adequadamente, a condição pode resultar em osteoartrite precoce e, em casos graves, necessitar de uma prótese.
Portanto, é fundamental que os pais estejam atentos aos sinais de displasia de quadril, especialmente nos primeiros meses de vida. Manter consultas regulares com o pediatra e realizar os exames recomendados pode prevenir complicações e garantir o desenvolvimento saudável da criança.
Prevenção e diagnóstico precoce são as melhores soluções
Embora a displasia de quadril não possa ser completamente evitada, exames de rotina como o ultrassom de quadril podem ajudar a detectar a condição precocemente. Caso o diagnóstico seja feito logo nos primeiros meses de vida, é possível tratar a condição de forma eficiente, evitando complicações e proporcionando um desenvolvimento saudável para a criança.
Lembre-se, a chave para garantir um bom desenvolvimento para o seu filho é o diagnóstico precoce e o acompanhamento contínuo. A realização de exames simples, como o ultrassom de quadril, pode fazer toda a diferença na prevenção e no tratamento da displasia de quadril.
Consultoria: Giovanna Motta, especialista em ultrassonografia pediátrica