Covid-19: mais de 200 mil crianças são infectadas em uma semana nos EUA

O salto preocupante aconteceu entre os dias 19 a 26 de julho e correspondeu a 22,4% dos testes positivos para o coronavírus neste período.

Por Alice Arnoldi
6 set 2021, 17h50
Coronavírus
 (Donlaya/Getty Images)
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Ainda que menos suscetíveis à covid-19 quando comparadas aos adultos, crianças têm sido alvo da doença pandêmica como um reflexo do aumento de casos nos Estados Unidos. O relatório da Academia Americana de Pediatria, em parceria com a Associação de Hospitais Infantis, apontou que houve um salto de 200 mil novos casos infantis do dia 19 ao dia 26 de julho, correspondendo a 22,4% dos testes positivos semanais.

Até o momento, o país teve 4.797.683 casos registrados de crianças que acusaram positivo para o coronavírus, representando 14,8% do total de norte-americanos infectados. De acordo com o relatório, isso significa que são 6.374 ocorrências infantis a cada 100 mil crianças. Só que, mesmo diante dos números preocupantes, a notícia positiva é que os quadros mais graves da doença ainda acometem uma parcela pequena da população.

Segundo o documento divulgado, o público infantil representa de 1.6% – 3.6% do total de hospitalizações causadas pelo coronavírus. Já em relação as mortes em decorrência da doença, as estatísticas são ainda menores: “as crianças representam de 0% a 0,24% de todos os falecimentos por covid-19, além de sete estados terem apontado zero mortes infantis”, destaca o relatório.

Mulher de costas carregando criança usando máscara
(Images By Tang Ming Tung/Getty Images)

Só que ainda não é hora de flexibilizar… 

A tendência é que a justificativa do aumento de casos positivos seja devido a cepa predominante no país norte-americano, a Delta. Estudos já vinham apontado para a sua gravidade, como um artigo publicado na Yale Medicine que constatava que a variante era 75% mais transmissível quando comparada a que surgiu em Wuhan, na China, epicentro da doença.

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Mais tarde, outro levantamento britânico foi direcionado especificamente às crianças, em que mostrava que elas tinham 2,5 mais chances de serem infectadas pela Delta. Junto a maior transmissibilidade da variante, as principais explicações relacionadas ao aumento significativo dos números se dá à flexibilização de protocolos e as taxas de vacinação não estarem como previsto. Como aponta a NBC News, nenhum estado norte-americano ultrapassou o nível de 70% de imunizados.

Na semana do dia 3 de setembro, o The Washigton Post reforçou que o país norte-americano está vivendo a quarta onda do coronavírus, com 1.500 mortos apenas na quinta-feira, dia 3. Sendo assim, o reforço é de que ainda não é hora de reduzir as medidas de proteção contra a covid-19 e muitos menos deixar de se vacinar.

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