Corrimento marrom: o que significa e quando consultar o ginecologista

Saiba mais sobre esse sintoma que pode indicar diferentes fatores e entenda quando buscar ajuda médica

Por Redação Pais e Filhos
13 jul 2025, 12h00
CORRIMENTO
 (Divulgação/Pinterest)
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É bastante comum que mulheres se questionem ao notar um corrimento de tonalidade terrosa, também conhecida como secreção amarronzada. Essa é uma das indagações mais frequentes no campo da matéria feminina. Em várias ocasiões, tal escoamento de cor escura aparece no fechamento do ciclo periódico, não demandando grande atenção. Entretanto, sob certas circunstâncias, pode indicar um sinal de advertência para condições como a adenomiose, a síndrome ovariana policística ou até mesmo algumas condições infecciosas. Portanto, convém aprofundarmos a compreensão deste tema.

O que pode estar por trás dessa tonalidade específica?

A descarga acastanhada possui diversas origens. Algumas delas são inteiramente inofensivas, enquanto outras requerem uma visita ao profissional de ginecologia. Exploraremos as mais recorrentes explicações:

  • No término do sangramento mensal: nos últimos momentos do ciclo feminino, o líquido pode demorar um pouco mais para ser expulso do útero. Ao interagir com o elemento gasoso presente no ar, sua pigmentação se altera para um tom mais profundo, resultando no vestígio acinzentado. Isso é extremamente natural e não é motivo de alarme.
  • Adaptação a métodos hormonais: caso você tenha alterado sua pílula contraceptiva ou iniciado um novo método para evitar a concepção, o organismo pode levar um tempo para se reajustar. Durante esse período, é frequente a ocorrência de pequenos sangramentos irregulares, que podem se manifestar como um escoamento de pigmento escuro.
  • Sensibilidade da cérvix: a parte inferior do útero é delicada e pode sofrer uma leve irritação após exames ginecológicos, como o teste de Papanicolau, ou depois de contatos íntimos. Isso pode originar um fluxo amarronzado temporário.

Quando o fluxo escurecido merece maior atenção

Certas condições de saúde demandam uma avaliação mais profunda caso o fluxo de coloração terrosa se manifeste:

  • Condição Ovariana Multissística (COM): a COM pode provocar desordens no ciclo periódico, incluindo a liberação acastanhada fora do período esperado. Outras manifestações incluem ciclos sem regularidade, excesso de oleosidade cutânea e dificuldade para conceber.
  • Afecção Uterina (Adenomiose): esta patologia ocorre quando o tecido que reveste o útero se desenvolve em locais externos a ele, causando desconforto muito forte e, em alguns momentos, a descarga de pigmento terroso. Se você experimenta cólicas extremamente severas e um ciclo sem padrão, é aconselhável investigar.
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Decifrando a causa e o caminho para o bem-estar

Reconhecer a origem é fundamental para determinar se é algo dentro da normalidade ou se requer uma intervenção médica. Observe algumas circunstâncias e o que fazer:

  • Término do ciclo periódico: geralmente, não há necessidade de alarme. Se o fluxo se prolongar por muitas semanas, o ideal é procurar um ginecologista.
  • Modificação de método contraceptivo: aguarde algumas semanas para o organismo se estabilizar. Caso a liberação não cesse, estabeleça um diálogo com seu profissional clínico para pensar em outras alternativas.
  • Irritação da Cérvix: abstenha-se de contatos íntimos por um breve período e mantenha hábitos positivos de cuidado pessoal.
  • Condição ovariana multicística: o cuidado pode envolver o uso de contraceptivos hormonais ou adaptações no estilo de vida, como uma dieta balanceada e a prática regular de atividades físicas.
  • Adenomiose: pode demandar o uso de fármacos ou, em ocorrências mais sérias, uma operação cirúrgica.

Quando é o momento certo para consultar o especialista?

Nem todo fluxo amarronzado deve causar pânico, mas há indícios que apontam a necessidade de agendar uma consulta. Fique atenta se a secreção vier acompanhada de:

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  • Mal-estar abdominal intenso
  • Odor forte e desagradável
  • Sensação de coceira
  • Perda sanguínea fora do período mensal
  • Aumento da temperatura corporal

Se você notar quaisquer destas manifestações, procure um profissional da medicina para exames e um veredito preciso.

Dicas para preservar o bem-estar íntimo

Algumas ações descomplicadas auxiliam a manter a integridade do cenário genital e a evitar variações na liberação da região:

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  • Utilize vestes íntimas de fibra natural (algodão) para permitir uma ventilação otimizada.
  • Evite peças de roupa justas, que podem acumular umidade e favorecer a proliferação de microorganismos.
  • Abandone as irrigações vaginais, pois elas podem desequilibrar a microbiota natural da vagina.
  • Mantenha uma higiene adequada, mas sem exageros.

Atenção ao bem-estar pessoal é essencial para o bem-estar geral. Assim, se você perceber qualquer modificação no escoamento ou outros indícios incomuns, não hesite em procurar auxílio médico. A informação e a prevenção são sempre os maiores aliados para o seu bem-estar.

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