Como proteger o seu filho da coqueluche

Nariz escorrendo, febre, espirros e tosse logo levantam suspeita de resfriado. Porém, esses também são sintomas da coqueluche, doença que precisa ser tratada cedo.

Por Manuela Macagnan (colaboradora)
Atualizado em 27 out 2016, 23h53 - Publicado em 1 jun 2015, 11h34
volodina/Thinkstock/Getty Images
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1. O que é a coqueluche?
É uma doença infecciosa altamente contagiosa que atinge, principalmente, o sistema respiratório – traquéia e brônquios.
 
2. O que causa a doença?
A coqueluche é causada por uma bactéria chamada Bordetella pertussis.
 
3. Quais são os sintomas?
A coqueluche normalmente apresenta três fases e os sintomas variam de uma pessoa para a outra. Na primeira fase, que dura entre uma e duas semanas, os sintomas são parecidos com os de um resfriado: febre baixa, coriza, mal estar geral e tosse seca. Quando a tosse fica mais severa, a doença está na segunda fase. A febre continua baixa, mas os acessos de tosse são mais frequentes – podendo, inclusive, causar vômito ou asfixia em crianças muito pequenas. Também é característico dessa fase aquele ruído no peito quando o pequeno inspira. Por fim, a terceira fase é chamada de convalescência, quando passa a tosse, mas os demais sintomas continuam.
 
4. Os sintomas são os mesmos para crianças e adultos?
Sim. A diferença é que nas crianças os sintomas são mais graves.
 
5. Existe vacina para prevenir a doença?
Sim. A imunização é feita com três doses de vacina Pentavalente, aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida. Depois, aos 15 meses e aos 4 anos de idade, a criança recebe o reforço com a vacina DTP (tríplice bacteriana). Ela faz parte do calendário oficial, recomendado pelo Ministério da Saúde. A vacinação nos postos de saúde é gratuita para crianças de até 7 anos.
 
6. Como tratar a coqueluche?
O tratamento deve ser feito com acompanhamento médico. Normalmente utilizamos antibióticos e medicamentos para dor e febre. No caso de algumas crianças muito pequenas, no entanto, é necessário internar para que ela receba oxigênio.
 
7. A vacina contra coqueluche impede o aparecimento da doença?
As pessoas vacinadas recebem uma proteção alta e o risco de ter a doença é pequeno. No entanto, a imunização é duradora, mas não permanente e, por isso, o recomendado é que na fase adulta todo mundo receba mais uma dose.
 
8. A coqueluche atinge mais crianças ou adultos?
A doença pode ser contraída em qualquer faixa etária, mas as crianças são mais atingidas por ainda não ter o sistema imunológico totalmente desenvolvido.
 
9. Como a coqueluche é transmitida?

Por contato direto, através de gotículas de secreção: quando a pessoa contaminada espirra, tosse ou até ao falar.
 
10. Quais são os riscos se a grávida contrair coqueluche?
O risco é sempre maior em uma mulher grávida do que em uma pessoa que não está esperando um bebê. Mesmo assim as recomendações são as mesmas: é importante buscar atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas. E, se você está planejando engravidar, tome a vacina antes.
 
11. E se a mulher que está amamentando tiver coqueluche?
As recomendações são as mesmas da gestante.
 
12. O que está acontecendo nesse momento é um surto?
Ainda não tivemos acesso ao número de pacientes que apresentaram coqueluche, por isso não é possível determinar se é um surto ou não. Vale salientar que algumas doenças aparecem mais em determinadas épocas do ano e, provavelmente, é isso o que está acontecendo com a coqueluche agora. É importante prevenir e tratar, mas não é uma situação alarmante.

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