Como proteger as crianças do sol
Filtros de uso pediátrico, barreiras físicas e evitar sair nos horários de maior incidência solar. Proteção envolve várias estratégias juntas

Com o verão chegando, as idas à praia e as brincadeiras a céu aberto se tornam mais frequentes. E isso aumenta a necessidade de proteger os pequenos dos perigos representados pelo sol.
Nessas horas, é importante investir em um arsenal com diferentes tipos de barreira, começando pelo bom e velho filtro solar – mas vale conhecer bem o que o mercado oferece, já que os produtos infantis são diferentes.
Atenção aos protetores solares infantis
Você já deve ter percebido que os protetores solares infantis vêm com esse aviso na embalagem. Essa indicação não é apenas uma estratégia de marketing: realmente existe uma diferença entre os filtros indicados para crianças e aqueles utilizados por adultos.
Nos protetores de uso pediátrico, são utilizados menos formulações químicas e mais barreiras físicas, que não são absorvidas da mesma forma pela pele. O objetivo é reduzir a chance de irritações e alergias, já que a pele dos pequenos é mais sensível. Também chamados de filtros inorgânicos, os protetores de uso infantil têm componentes como dióxido de titânio e óxido de zinco para criar um obstáculo para os raios ultravioleta.
Crianças de menos de 2 anos devem sempre utilizar filtros inorgânicos. Para as maiorzinhas, até é possível investir em alguns protetores químicos, mas ainda assim só se eles indicarem na embalagem que são de uso infantil. Outra recomendação é priorizar os filtros de uso tradicional: mesmo que o spray seja mais prático, existe um risco maior de não espalhá-lo direito na superfície da pele, além da possibilidade de a criança inalá-lo de forma acidental.
Utilize também barreiras físicas
O protetor solar não é a única maneira de se defender do sol. As barreiras físicas são outra estratégia indispensável. Chapéus e roupas mais compridas (quando o calor permitir) são formas de criar um obstáculo a mais para os raios – o objetivo é reduzir ao máximo a parte da pele que está exposta.
Bebês de até 6 meses de idade, por sinal, não devem fazer uso de protetor solar a menos que estejam diante de uma situação de exposição inevitável ao sol. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) disponibiliza um guia com mais informações – para nenéns muito pequenos, o indicado é passar longe do sol e fazer uso de barreiras físicas.
Se for muito necessário utilizar o protetor, ele precisa ser do tipo inorgânico, e deve ser indicado pelo médico para minimizar as chances de reações indesejadas.
Lembre-se: o sol é o mesmo
É comum só se preocupar com o sol quando a criança sai de casa, mas qualquer lugar em que haja incidência dos raios solares é um ponto de exposição – mesmo sem sair à rua, caso você tenha, por exemplo, uma varanda ou até uma janela onde a luz bate diretamente.
Sempre que houver algum risco de exposição solar, essas proteções devem ser utilizadas. E continua valendo a velha regra: seja na praia, no parque, na piscina ou em qualquer outro lugar, evite os horários de maior incidência solar. Priorize atividades antes das 10h ou após as 16h.