Atonia uterina: a condição que levou Viih Tube à UTI após o parto
Problema ocorre quando o útero não contrai corretamente depois do parto, causando hemorragias potencialmente fatais sem tratamento
Logo após o parto de Ravi, seu segundo bebê, em 11 de novembro, a influenciadora Viih Tube teve um susto: uma complicação inesperada a levou para a UTI três dias depois do nascimento da criança.
Nas redes sociais, Viih Tube contou que seu quadro foi diagnosticado como uma atonia uterina. Mas, afinal, o que é esse problema e quando ele ocorre?
O que é a atonia uterina?
Em situações normais, quando o trabalho de parto está concluindo, o útero passa por uma série de contrações que têm funções importantíssimas para a saúde da parturiente: provocar a saída da placenta, fazer com que os vasos sanguíneos que se conectavam a ela fechem gradativamente e, é claro, reduzir o próprio tamanho do útero.
Quando esse processo não está acontecendo de forma adequada, ocorre a atonia uterina. O quadro gera uma emergência médica, principalmente, porque os vasos sanguíneos que antes ficavam conectados à placenta permanecem abertos e podem levar a uma hemorragia grave.
Por que a atonia uterina ocorre?
A contração do útero ocorre como consequência de uma resposta do organismo ao hormônio ocitocina. Quando essa resposta não acontece da maneira esperada, a atonia uterina acaba se manifestando.
Não há uma causa exata para esse problema ocorrer em algumas gestantes e não em outras, mas alguns fatores de risco são conhecidos e devem ser considerados pela equipe médica durante o acompanhamento pré e pós-parto:
- gravidez gemelar
- um bebê maior do que o normal
- excesso de líquido amniótico
- obesidade da gestante
- gravidez após os 35 anos
- trabalho de parto excessivamente demorado ou, ao contrário, muito rápido
Qual o tratamento?
A atonia uterina é uma emergência médica e deve ser tratada imediatamente, como ocorreu com Viih Tube. Como o principal perigo é a hemorragia, a primeira abordagem envolve a reposição do sangue perdido, com transfusões. Também costuma ser necessário fazer reposição eletrolítica por via intravenosa.
Para promover a contração do útero, técnicas como a massagem uterina costumam ser empregadas, em conjunto com medicamentos. Pode ser necessário recorrer à cirurgia em alguns casos. Em situações extremas, quando nenhum tratamento escolhido deu a resposta desejada, pode haver indicação de histerectomia — a remoção do útero.
Somente a equipe médica pode determinar a melhor abordagem para cada paciente, considerando características individuais sobre as dificuldades do parto e o estado geral de saúde da pessoa.