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Atonia uterina: a condição que levou Viih Tube à UTI após o parto

Problema ocorre quando o útero não contrai corretamente depois do parto, causando hemorragias potencialmente fatais sem tratamento

Por Maurício Brum
28 nov 2024, 17h00
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Quando o trabalho de parto está no final, o útero passa por uma série de contrações que reduzem seu tamanho, provocam a saída da placenta e fecham vasos sanguíneos (Freepik/Reprodução)
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Logo após o parto de Ravi, seu segundo bebê, em 11 de novembro, a influenciadora Viih Tube teve um susto: uma complicação inesperada a levou para a UTI três dias depois do nascimento da criança.

Nas redes sociais, Viih Tube contou que seu quadro foi diagnosticado como uma atonia uterina. Mas, afinal, o que é esse problema e quando ele ocorre?

O que é a atonia uterina?

Em situações normais, quando o trabalho de parto está concluindo, o útero passa por uma série de contrações que têm funções importantíssimas para a saúde da parturiente: provocar a saída da placenta, fazer com que os vasos sanguíneos que se conectavam a ela fechem gradativamente e, é claro, reduzir o próprio tamanho do útero.

Quando esse processo não está acontecendo de forma adequada, ocorre a atonia uterina. O quadro gera uma emergência médica, principalmente, porque os vasos sanguíneos que antes ficavam conectados à placenta permanecem abertos e podem levar a uma hemorragia grave.

Por que a atonia uterina ocorre?

A contração do útero ocorre como consequência de uma resposta do organismo ao hormônio ocitocina. Quando essa resposta não acontece da maneira esperada, a atonia uterina acaba se manifestando.

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Não há uma causa exata para esse problema ocorrer em algumas gestantes e não em outras, mas alguns fatores de risco são conhecidos e devem ser considerados pela equipe médica durante o acompanhamento pré e pós-parto:

  • gravidez gemelar
  • um bebê maior do que o normal
  • excesso de líquido amniótico
  • obesidade da gestante
  • gravidez após os 35 anos
  • trabalho de parto excessivamente demorado ou, ao contrário, muito rápido

Qual o tratamento?

A atonia uterina é uma emergência médica e deve ser tratada imediatamente, como ocorreu com Viih Tube. Como o principal perigo é a hemorragia, a primeira abordagem envolve a reposição do sangue perdido, com transfusões. Também costuma ser necessário fazer reposição eletrolítica por via intravenosa.

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Para promover a contração do útero, técnicas como a massagem uterina costumam ser empregadas, em conjunto com medicamentos. Pode ser necessário recorrer à cirurgia em alguns casos. Em situações extremas, quando nenhum tratamento escolhido deu a resposta desejada, pode haver indicação de histerectomia — a remoção do útero.

Somente a equipe médica pode determinar a melhor abordagem para cada paciente, considerando características individuais sobre as dificuldades do parto e o estado geral de saúde da pessoa.

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