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Álcool na gravidez pode deixar sequelas irreversíveis no desenvolvimento do bebê, entenda como

Entenda os perigos severos de ingerir álcool durante a gestação

Por Redação Pais e Filhos
27 set 2025, 12h00
mão de mulher em uma taça de vinho sobre uma mesa cheia de taças
 (Klaus Vedfelt/Getty Images)
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A gravidez é um momento de grandes transformações e decisões que impactam diretamente o futuro da criança. Entre os cuidados mais importantes durante a gestação, evitar completamente o consumo de bebidas alcoólicas é essencial para garantir a saúde do bebê. Embora ainda haja mitos sobre o consumo moderado ser inofensivo, a ciência já comprovou que nenhuma quantidade de álcool é segura na gravidez.

1. Efeitos do álcool podem aparecer tardiamente

Pesquisas recentes mostram que os efeitos do álcool no desenvolvimento fetal podem ser sutis no início, mas duradouros ao longo da vida. Um estudo nos Estados Unidos acompanhou cerca de 14 mil crianças cujas mães consumiram álcool durante a gestação. Inicialmente, apenas dois casos de Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) foram identificados. Anos depois, esse número saltou para 222 diagnósticos. Isso demonstra que os danos causados pelo álcool podem levar anos para se manifestar, mas deixam sequelas permanentes.

2. Abstinência total: recomendação dos especialistas

Diante desses dados, médicos e especialistas em saúde fetal reforçam: a recomendação é de zero consumo de álcool para mulheres grávidas ou que desejam engravidar. A ingestão de qualquer bebida alcoólica, mesmo que ocasional, pode impactar o bebê. E, caso a gravidez seja descoberta após um período de consumo, a orientação é parar imediatamente.

Especialistas fazem o alerta de que não é possível saber se o feto já foi afetado até o nascimento. Essa incerteza exige cautela máxima. O mais seguro é adotar um estilo de vida livre de álcool desde o início dos planos de gravidez.

3. Como o álcool atinge o bebê?

Ao ser ingerido, o álcool entra na corrente sanguínea da mãe e atravessa a placenta, chegando diretamente ao bebê. O problema é que o organismo em desenvolvimento do feto não consegue metabolizar o álcool como um adulto. Isso pode causar danos severos ao cérebro e aos órgãos, com a SAF sendo a forma mais grave desses distúrbios.

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Os efeitos incluem má formação facial, problemas cardíacos, atraso no crescimento e lesões cerebrais. A expectativa de vida de indivíduos afetados pela SAF é reduzida, chegando a cerca de 34 anos, segundo especialistas.

4. Dificuldades de aprendizado e desenvolvimento

Além dos impactos físicos, a exposição ao álcool durante a gravidez está associada a problemas de aprendizagem, déficit de atenção, dificuldades motoras e cognitivas, e até transtornos comportamentais. Em muitos casos, o prejuízo cognitivo persiste por toda a vida, mesmo que os traços físicos da SAF se tornem menos evidentes com o tempo.

Por isso, o mais indicado é prevenir: não arrisque a saúde do seu bebê por uma bebida. A melhor decisão é manter a abstinência total.

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5. Conscientização: gravidez sem álcool

Para combater esse problema, a Sociedade de Pediatria de São Paulo promove a campanha #gravidezsemalcool, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria. A iniciativa busca alertar sobre os perigos reais do consumo de álcool na gestação e incentivar práticas saudáveis desde o início da concepção.

Apesar da informação, dados mostram que quase 45% das mulheres consomem álcool na gravidez e não relatam isso aos médicos, dificultando o acompanhamento adequado.

Evitar o álcool durante a gravidez é um ato de cuidado e amor. Essa escolha simples, porém poderosa, protege o bebê de riscos invisíveis e garante um começo de vida mais saudável. Ao planejar ou viver uma gestação, adotar hábitos conscientes é fundamental. Converse com seu médico, tire dúvidas e abrace a maternidade com responsabilidade e carinho.

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