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7 mitos e verdades sobre o estrabismo infantil

Rodeada de estereótipos e preconceitos, a condição tem várias causas e diferentes tratamentos a depender do caso

Por Gabriel Bortulini
2 nov 2024, 17h00
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Quando se trata de estrabismo, o tratamento precoce é fundamental tanto para a autoestima da criança quanto para evitar complicações (Freepik/Reprodução)
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O estrabismo é caracterizado pelo desvio dos olhos para diferentes direções, gerando um desalinhamento. Isso é causado por um desequilíbrio da musculatura ocular. Em crianças, o estrabismo pode ser causado por diversos motivos, como condições genéticas, doenças neurológicas, paralisia cerebral, traumas ou hipermetropia.

A condição afeta – ou já afetou – de 2 a 5% da população brasileira e os tratamentos variam a depender de cada caso.

O tema, contudo, ainda é cercado de estereótipos e mitos. No decorrer do texto, desmistificamos sete desses casos.

O estrabismo se corrige sozinho sem necessidade de tratamento.

Mito. O estrabismo não se cura sem tratamento. Inclusive, o tratamento precoce é fundamental: tanto para a autoestima da criança quanto para evitar complicações como o “olho preguiçoso” ou ambliopia.

Óculos podem corrigir alguns tipos de estrabismo.

Verdade. A utilização de óculos é, de fato, um tratamento indicado ao estrabismo decorrente de hipermetropia ou astigmatismo. Nos demais casos, a cirurgia é o tratamento mais recomendado.

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Todo tipo de estrabismo requer cirurgia.

Mito. Nos casos de estrabismo por hipermetropia, não existe uma recomendação cirúrgica. Também há casos em que o estrabismo pode ser tratado com a aplicação de botox. A cirurgia, entretanto, ainda é o tratamento mais adequado na maioria dos casos.

O estrabismo é normal em bebês.

Mito. O que pode ocorrer é confundir estrabismo com o desalinhamento natural e variável dos olhos em bebês até os 3 ou 4 meses de idade, por conta de uma imaturidade visual. Isso é diferente do estrabismo, que é um desvio fixo e exige tratamento.

O estrabismo é mais frequente em crianças com síndrome de Down.

Verdade. O estrabismo ocorre em cerca de 20% das crianças com síndrome de Down, principalmente como consequência da hipermetropia.

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Forçar os olhos pode causar estrabismo.

Mito. Desalinhar voluntariamente os olhos não causa o estrabismo, que é uma condição geralmente congênita ou derivada de outros fatores, como o astigmatismo, traumas ou doenças neurológicas.

Utilizar tampão não cura o estrabismo.

Verdade. Embora o tampão seja um recurso terapêutico para casos de estrabismo, seu objetivo não é corrigir o desvio ocular, mas prevenir a ambliopia. Ou seja, o tampão permite que a criança treine também a visão do olho em desvio, que geralmente é menos utilizado, podendo causar danos à visão.

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