UTI neonatal: cuidados essenciais para o bebê prematuro e seu desenvolvimento

Entenda como funciona os cuidados da UTI neonatal

Por Redação Pais e Filhos
22 dez 2024, 12h00
Recém-nascido-no-hospital
 (Cultura RM Exclusive/Wonwoo Lee/Getty Images)
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A chegada de um bebê é sempre cheia de expectativas e planos, mas, em algumas situações, ele pode precisar de cuidados intensivos logo ao nascer. A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, ou UTI neonatal, é um espaço hospitalar preparado para acolher e cuidar de recém-nascidos que necessitam de atenção especial para sobreviver e se desenvolver.

Entrar pela primeira vez em uma UTI neonatal pode parecer assustador, mas, aos poucos, as famílias entendem que cada equipamento e cada membro da equipe está ali para garantir a recuperação e o bem-estar do bebê. A UTI neonatal conta com uma equipe de profissionais especializados, como médicos neonatologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, que acompanham o recém-nascido 24 horas por dia, cuidando de cada detalhe e apoiando também os familiares. 

Como funciona a nutrição do bebê na UTI neonatal

Os bebês que necessitam de cuidados intensivos frequentemente não conseguem sugar e engolir, o que torna difícil a amamentação convencional. Para evitar que o leite acabe indo para o pulmão, o que seria perigoso, a alimentação é realizada pelas veias, garantindo que o bebê receba os nutrientes necessários para o crescimento. Os sinais vitais do bebê são monitorados continuamente e ele é submetido a uma nutrição especializada, tais cuidados são essenciais para que o bebê ganhe peso e possa se desenvolver.

Bebês muito pequenos e os avanços da UTI neonatal

Graças aos avanços da medicina neonatal, a UTI neonatal consegue cuidar de bebês muito pequenos, com peso ao redor de 400 gramas. O tempo de gestação é um fator crucial na avaliação das chances de sobrevivência do recém-nascido, além do peso. Os bebês que passaram por um tempo maior de gestação têm uma chance de sobrevivência mais alta. Bebês nascidos entre a 20ª e 21ª semanas, com menos de 400g, podem enfrentar grandes dificuldades, principalmente no sistema respiratório, e terão chances reduzidas de sobrevivência.

Por outro lado, bebês prematuros nascidos mais adiante, mesmo com peso baixo, podem apresentar uma chance maior de sobreviver. O peso baixo, nesses casos, não impede a sobrevivência, mas pode significar uma série de desafios para a qualidade de vida do bebê. O desenvolvimento motor e cognitivo dependerá do grau de prematuridade e dos cuidados que recebeu desde o nascimento. Quanto mais prematuro o bebê, maior a possibilidade de complicações e a necessidade de acompanhamento.

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Os cuidados necessários para o desenvolvimento saudável

Na UTI neonatal, cada bebê é acompanhado desde o primeiro dia, e a estimulação por fisioterapia ou fonoaudiologia é indicada conforme as necessidades individuais. Esses estímulos auxiliam no desenvolvimento físico e mental do bebê, e a terapia pode ajudar na melhoria das habilidades motoras e no fortalecimento dos músculos, preparando-o para uma vida mais saudável. Para muitos desses bebês, a fisioterapia e o acompanhamento contínuo são partes fundamentais do cuidado. 

Os cuidados com a imunidade também são primordiais, pois o sistema imunológico dos bebês prematuros ainda está em desenvolvimento e não consegue produzir anticorpos suficientes para protegê-los de infecções. Na UTI neonatal, todas as ações são feitas para reduzir o risco de contaminação e proteger o bebê.

A importância do apoio familiar durante o processo

O período na UTI neonatal pode ser emocionalmente difícil para as famílias, e o suporte da equipe e o envolvimento dos familiares são partes essenciais do tratamento. O contato físico, como o “método canguru” — em que o bebê fica em contato pele a pele com os pais — é incentivado sempre que possível, pois isso ajuda no vínculo entre pais e bebê e pode até mesmo contribuir para a recuperação do recém-nascido.

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Consultoria: Alice Deutsch, neonatologista do Hospital Israelita Albert Einstein e Dr. Leopoldo de Oliveira Tso, membro da SOGESP, neonatologista Mauro Palma Junior.

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