Tampão mucoso: o que é, como identificar e sinais de que o parto está próximo
Entenda melhor como funciona essa proteção contra infecções
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças importantes para garantir a proteção do bebê. Uma dessas mudanças é a produção do tampão mucoso, uma substância que fecha o colo do útero, evitando que bactérias e outros microrganismos cheguem ao útero e prejudiquem a gestação. A saída do tampão mucoso, que pode ocorrer a partir da 37ª semana, é um sinal de que o parto está próximo, mas não necessariamente indica que ele ocorrerá imediatamente.
O que é o tampão mucoso?
O tampão mucoso é uma “rolha” de muco que se forma no colo do útero durante a gestação. Seu principal objetivo é proteger o bebê ao vedar a passagem para o útero, prevenindo infecções e outros riscos. Conforme a gestação chega ao final, o corpo começa a se preparar para o trabalho de parto. O colo do útero passa por um processo de afinamento e amolecimento, o que pode fazer com que o tampão seja expelido.
O tampão mucoso é uma secreção que pode vir com um pouco de sangue e ter várias formas. Ele pode sair todo de uma vez ou em pedaços, e o aspecto pode variar entre gelatinoso, transparente, amarelado, avermelhado ou até mesmo com tons terrosos devido ao sangue. A textura pode ser semelhante à clara de ovo ou até uma gelatina, dependendo da fase da gestação.
Como saber se o tampão mucoso saiu?
Muitas mulheres se perguntam como identificar se o tampão mucoso saiu, já que a secreção vaginal no final da gestação já é mais abundante. A secreção pode ser confundida com outras secreções normais da gravidez, o que torna difícil notar a saída do tampão. Quando ele sai, pode ser um pequeno pedaço ou uma secreção mais espessa. Em alguns casos, pode até ser imperceptível para a mulher.
Se o tampão sair de uma vez, ele pode ser facilmente reconhecido. Mas, em muitos casos, a saída é gradual e pode durar dias ou até semanas. Isso é mais comum em mulheres que já passaram por outros partos, pois o colo do útero pode estar mais dilatado, facilitando a liberação gradual do tampão.
O que acontece depois que o tampão mucoso sai?
A saída do tampão mucoso é um sinal de que o corpo está se preparando para o parto, mas isso não significa que o bebê nascerá imediatamente. Após a perda do tampão, a gestante deve ficar atenta a outros sinais que indicam que o trabalho de parto está se aproximando, como o rompimento da bolsa amniótica ou a ocorrência de contrações frequentes e regulares. Mesmo que o tampão tenha saído, o parto pode demorar a começar, levando de alguns dias até três semanas.
E se o tampão mucoso sair antes do tempo?
Em algumas situações, o tampão mucoso pode sair antes da 37ª semana de gestação. Nesse caso, pode gerar preocupação, mas, na maioria das vezes, isso não significa um problema grave. O corpo da mulher pode produzir um novo tampão para continuar protegendo o útero até o momento do parto. No entanto, é importante que a gestante informe o obstetra sobre a saída precoce do tampão para que ele possa avaliar se há algum risco para a gravidez, como uma possível ameaça de parto prematuro.
Se o tampão sair no segundo trimestre da gestação, é essencial que a mulher procure imediatamente orientação médica. A perda precoce do tampão mucoso pode ser um indicativo de risco de parto prematuro, e um acompanhamento adequado é necessário para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Como identificar o início do trabalho de parto?
Embora a perda do tampão mucoso seja um sinal de que o corpo está se preparando para o trabalho de parto, ele não é o único. As contrações regulares e frequentes são um dos principais sinais de que o parto está se aproximando. A mulher pode sentir contrações que vão se tornando mais intensas e espaçadas ao longo do tempo. Se houver rompimento da bolsa amniótica, esse é outro sinal claro de que o parto está prestes a acontecer.
Em qualquer caso, se houver dúvidas ou se surgirem sinais de que o parto está começando, é sempre importante entrar em contato com o obstetra para receber as orientações necessárias.
Consultoria: Igor Padovesi, médico obstetra e ginecologista, e Domingos Mantelli Borges Filho, ginecologista
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