Que cuidados é preciso tomar com a moleira do bebê?

Aberturas no crânio permitem que bebê passe pelo parto normal e que a cabeça da criança cresça nos primeiros anos de vida

Por Valentina Bressan
9 dez 2024, 16h14
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 (Holiak/Freepik/Reprodução)
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A rotina dos pais com o recém-nascido pode ser recheada de inseguranças: o bebê é pequeno e frágil, e surgem muitas dúvidas sobre quais as maneiras mais adequadas de cuidar dele.

Conhecidas como moleiras, as aberturas no crânio que existem ao nascer podem causar estranheza e medo – mas são uma parte totalmente normal da anatomia do bebê e, em geral, não exigem qualquer cuidado especial.

As fontanelas, como são chamadas pelos médicos, permitem que o crânio do bebê se molde para passar pelo canal vaginal durante o parto e que a cabeça do bebê cresça durante os primeiros anos de vida. Quando há alguma irregularidade nessa região da cabeça, pode ser um indicativo de problemas de saúde.

O que é a moleira?

Embora seja conhecida como moleira, no singular, na realidade há seis aberturas ósseas no crânio. As mais perceptíveis ficam na frente da cabeça, perto da testa, e na parte posterior.

Essas partes macias são cobertas por membranas fibrosas, o que garante a proteção do cérebro do bebê.

A fontanela posterior, uma fenda com formato de triângulo que fica na parte traseira da cabeça e tem cerca de meio centímetro de diâmetro, se fecha aos dois ou três meses de vida.

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Já a lacuna óssea maior, na frente do crânio, tem um formato de diamante e se funde por volta dos 18 meses de idade. Aos dois anos, a moleira costuma estar totalmente fechada.

Cuidados com a moleira

De maneira geral, as moleiras não exigem dos pais qualquer cuidado especial. Alterações nas fontanelas podem ser sinal de algum problema de saúde – ao notar inchaço ou afundamento nesta região da cabeça, o mais recomendado é buscar o pediatra.

É normal notar uma leve pulsação nessa parte da cabeça, especialmente quando o bebê chora ou faz cocô. Bebês que passam por partos difíceis ou prolongados também podem nascer com a cabeça em um formato irregular, devido à pressão do canal vaginal. Em geral, a condição se resolve sozinha, mas pode ser necessário utilizar um capacete adaptado para que o crânio se ajuste ao formato regular.

Além do cuidado para que o bebê não sofra quedas ou bata a cabeça, não é preciso se preocupar com as aberturas. Você pode dar banho e lavar a cabeça do pequeno normalmente.

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Nas consultas de rotina, o pediatra deve avaliar a moleira para checar se tudo está bem com o desenvolvimento craniano e cerebral do bebê.

O que significa o inchaço na moleira?

Quando o bebê chora com intensidade ou por um longo tempo, é normal que a moleira fique inchada. No entanto, se a região fica protuberante mesmo quando o bebê não está chorando, vale buscar um médico.

O sintoma pode indicar acúmulo de fluidos no cérebro, sangramento ou tumores. Caso a criança tenha sofrido uma queda, o inchaço também pode ser sinal de trauma cerebral. As fontanelas ainda podem ficar inchadas devido a infecções bacterianas ou virais.

Se o bebê apresenta fadiga, vômitos e irritação excessiva, o alerta é maior.

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Moleira afundada é sinal de quê?

Se você nota que as fontanelas do bebê estão côncavas, este pode ser um indicativo de desidratação. Outros sinais da desidratação em bebês são urinar com menos frequência; ter muita sonolência e boca seca; apresentar olhos afundados e poucas lágrimas ao chorar; ter mãos e pés frios. Vômito, febre e diarreia também podem aparecer associados ao quadro.

Outros casos de atenção

Há ainda outra possibilidade de problema com a moleira: a cranioestenose. A condição ocorre quando as aberturas se fundem prematuramente. Além de deixar o crânio do bebê com um formato irregular, a alteração afeta a pressão craniana, podendo levar a lesões cerebrais.

Pode ser necessário utilizar um capacete especial para que o crânio do bebê se feche adequadamente, ou mesmo realizar uma cirurgia. O atraso na fusão dos ossos do crânio, bem como a presença de uma fontanela grande demais, pode indicar problemas de saúde ou síndromes congênitas. Os mais comuns são a Síndrome de Down; acondroplasia, hipotiroidismo congênito; raquitismo; e pressão craniana elevada.

Essas condições são mais frequentes em bebês prematuros. Tais problemas podem exigir avaliação clínica e exames, como ultrassom, para firmar um diagnóstico.

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