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Amamentação protege o bebê contra os efeitos da poluição, diz pesquisa

Estudo espanhol demonstra que certas substâncias poluentes não afetam os pequenos que mamam no peito durante os primeiros quatro meses de vida.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 26 out 2016, 11h53 - Publicado em 22 jun 2015, 15h09

Não é novidade que o leite materno afasta os bebês, no curto e no longo prazo, de uma série de problemas – de infecções ao excesso de peso. A boa-nova é que essa lista ganhou, recentemente, mais um item: os efeitos maléficos da poluição. Pelo menos é o que mostrou uma pesquisa da Universidade do País Basco, na Espanha, publicada no fim de maio de 2015. Os cientistas notaram que a amamentação protege os pequenos contra a ação dos chamados materiais particulados PM2.5 e do dióxido de Nitrogênio (NO2), dois dos maiores poluentes presentes no ar que respiramos.

O objetivo dos estudiosos era investigar a repercussão que essas substâncias têm no desenvolvimento motor e cognitivo da criança ao longo dos primeiros anos de vida. Para isso, eles analisaram, desde 2006, dados de 638 mulheres e seus filhos. Os pequenos foram acompanhados da gravidez até completarem 1 ano e 3 meses.

Os resultados do levantamento apontaram que os bebês que amamentavam no mínimo até os quatro meses não sofriam os prejuízos causados pelos poluentes aos sistemas motor e neurocomportamental. Embora mais estudos sejam necessários, a líder da pesquisa, Aitana Lertxundi, acredita que esses achados são uma importante evidência de como a poluição afeta o crescimento saudável de meninos e meninas.

Está aí, portanto, mais um motivo para seguir a recomendação da Organização Mundial da Saúde de oferecer exclusivamente o leite materno até o bebê completar 6 meses. Pode apostar que esse será o maior escudo do seu filhote contra problemas pra lá de preocupantes.

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