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Inspirados em livros: nomes da literatura brasileira para seu bebê

Opções para amantes de livros podem prestar homenagens a personagens marcantes ou aos autores que criaram histórias clássicas

Por Maurício Brum
13 jul 2024, 17h00
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Dos clássicos Gabriela e Rodrigo a nomes indígenas como Iracema ou Irapuã, a literatura brasileira oferece opções para todos os gostos  (Freepik/Reprodução)
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Diante da dúvida de um nome para dar a um bebê, poucos lugares são tão pródigos para oferecer ideias quanto os livros. Na literatura brasileira, então, as opções são diversas – de nomes pouco comuns com influência indígena, como os incluídos no clássico Iracema, de José de Alencar, até outros de uso mais corriqueiro, como o Rodrigo, do célebre capitão de O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo.

É bem verdade que nem sempre os nomes encontrados nos livros vão ser uma boa ideia para uma criança: você dificilmente vai querer chamar um filho de Pedro Bala, Sem-Pernas ou Boa Vida, apelidos encontrados em Capitães da Areia, mas aí entra em cena a outra opção que a literatura oferece – inspirar-se nos autores, neste caso, Jorge Amado.

Vamos conhecer mais algumas opções?

Personagens memoráveis

Machado de Assis eternizou alguns nomes em obras como Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas. Embora as personagens mais famosas dos dois títulos não rendam lá nomes de uso muito frequente – o Censo de 2010, último com dados de nomes, indicava que havia apenas 21 pessoas chamadas “Capitu” no país; e Brás Cubas parece mais um sobrenome –, há outros nomes possíveis oriundos desses clássicos: Escobar e Ezequiel, do círculo íntimo de Bentinho, ou Virgília e Sabina, as mulheres da vida de Brás Cubas.

Em Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, um nome feminino sonoro que ganhou destaque foi o de Adelaide. Por falar em nomes sonoros, opções interessantes nessa seara sobram em Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, com nomes como Riobaldo, Otacília ou até mesmo Diadorim – embora, nesse caso, valha lembrar que o nome verdadeiro da personagem era Maria Deodorina. Outro nome forte e pouco utilizado? Macabeá, de A Hora da Estrela, de Clarice Lispector.

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Agora, se você prefere nomes mais usuais, há sempre os clássicos: Gabriela, de Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, ou Fabiano, de Vidas Secas. Opções frequentes são Rodrigo e Bibiana, de O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo. No épico sulista, por sinal, a família Terra rende outros nomes famosos, como Juvenal e Ana – há até quem prefira ignorar a parte de ser um sobrenome e chamar suas filhas de Ana Terra mesmo.

Iracema, de José de Alencar, oferece uma profusão de alternativas tanto de origem indígena quanto lusitana. Você pode ser inspirar em Martim e Moacir, por exemplo, ou utilizar os originários Iracema, Araquém ou Irapuã para dar um toque a mais de brasilidade ancestral.

Autores também são boa pedida

Por outro lado, se a ideia é homenagear os autores e não as obras, fica bem mais simples encontrar opções de uso mais frequente. Como os Verissimo, pai e filho, que dão opção do simples Erico ou do composto Luis Fernando. Lispector rende uma homenagem recorrente em Clarice. 

Outros nomes que costumam remeter claramente a autores incluem Cecília (Meireles), Ariano (Suassuna), Caio Fernando (Abreu), Hilda (Hilst) e Conceição (Evaristo). Para quem prefere opções mais neutras, em que a referência aos escritores não é tão explícita, é possível ir pelo lado de Jorge (Amado), Mario (Quintana) e Lygia (Fagundes Telles).

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Qualquer que seja sua opção, o importante é que a homenagem faça sentido para você.

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