Urinar muito na gravidez é normal? Saiba quando se preocupar

Devido a alterações hormonais, a incontinência urinária é comum durante a gravidez. Confira algumas dicas para evitar

Por Redação Pais e Filhos
8 abr 2025, 12h00
mulher no banheiro
Close up of woman on toilet in morning (gpointstudio/Freepik/Reprodução)
Continua após publicidade

A gravidez é um período de intensas transformações no corpo feminino, e uma das mudanças mais perceptíveis é o aumento da frequência urinária. Esse sintoma, comum no início e no final da gestação, muitas vezes é um dos primeiros sinais que indicam a gravidez. Embora possa ser incômodo, ele é, na maioria dos casos, uma resposta natural às adaptações que o organismo faz para abrigar e nutrir o bebê.

Por que a frequência urinária aumenta durante a gestação?

O aumento da necessidade de urinar está diretamente ligado às alterações hormonais e físicas que o corpo experimenta ao longo da gravidez. Logo no início, a produção do hormônio hCG (gonadotrofina coriônica humana) cresce rapidamente, estimulando os rins a trabalharem mais para eliminar resíduos do corpo da mãe e do bebê.

Além disso, o volume sanguíneo aumenta em até 50%, o que faz com que os rins filtrem mais líquidos, resultando em maior produção de urina.

Conforme a gestação avança e o bebê cresce, o útero se expande e comprime a bexiga, reduzindo sua capacidade de armazenamento. Essa pressão faz com que a gestante sinta vontade de ir ao banheiro com mais frequência, mesmo quando a bexiga não está completamente cheia.

Como aliviar o desconforto da micção frequente?

Embora a vontade constante de urinar seja uma parte natural da gravidez, algumas mudanças simples na rotina podem ajudar a reduzir o incômodo:

  • Evitar bebidas diuréticas: Reduzir o consumo de café, chá preto e refrigerantes pode diminuir a produção de urina. Essas bebidas estimulam os rins a produzirem mais líquido, intensificando a frequência urinária.
  • Hidratação equilibrada: Beber bastante água é essencial, mas ajustar a ingestão de líquidos ao longo do dia pode fazer diferença. Tentar consumir mais água durante a manhã e a tarde, diminuindo um pouco à noite, pode ajudar a evitar muitas idas ao banheiro durante a madrugada.
  • Posição ao urinar: Inclinar-se levemente para frente ao usar o banheiro pode ajudar a esvaziar a bexiga de maneira mais completa, reduzindo a sensação de que é preciso voltar ao banheiro logo depois.
  • Exercícios para o assoalho pélvico: Práticas como os exercícios de Kegel ajudam a fortalecer os músculos responsáveis pelo controle da bexiga, melhorando a capacidade de segurar a urina e evitando escapes.
Continua após a publicidade

Quando a urina em excesso pode ser sinal de problema?

Na maioria dos casos, urinar frequentemente é normal durante a gravidez, mas é importante ficar atenta a alguns sinais que podem indicar algo mais sério. Sensação de dor ou queimação ao urinar, urgência intensa com pouca eliminação de líquido, urina com cheiro forte ou presença de sangue são indícios de infecção urinária — uma condição mais comum durante a gestação.

Se não tratada, a infecção pode atingir os rins e aumentar o risco de complicações, como parto prematuro. Por isso, ao notar qualquer sintoma estranho, o ideal é procurar o médico para uma avaliação e, se necessário, iniciar o tratamento adequado.

O que acontece com a frequência urinária após o parto?

Depois do nascimento do bebê, a frequência urinária costuma diminuir gradualmente, mas nos primeiros dias o corpo ainda trabalha para eliminar o excesso de líquidos acumulados durante a gestação. Isso pode fazer com que a mulher sinta vontade de urinar com mais intensidade nesse período.

Se houve administração de soro durante o parto, esse processo pode ser ainda mais evidente. Além disso, algumas mulheres podem ter dificuldade para perceber a vontade de urinar nos primeiros dias após o parto, especialmente se utilizaram anestesia. Mesmo sem sentir a necessidade, é importante tentar esvaziar a bexiga regularmente para evitar retenção urinária ou desconfortos.

Continua após a publicidade

E se a incontinência persistir?

Para algumas mulheres, especialmente as que tiveram partos normais ou gestações de múltiplos bebês, pequenos escapes de urina podem continuar após o parto. Isso é mais comum se os músculos do assoalho pélvico ficaram enfraquecidos com o peso da gestação ou durante o trabalho de parto.

Nesses casos, buscar a orientação de um especialista é o caminho ideal. Fisioterapia pélvica e exercícios específicos podem ajudar a restaurar a força dos músculos da região, promovendo uma recuperação saudável e melhorando a qualidade de vida.

O corpo se adapta, e o cuidado é essencial

A frequência urinária é apenas um dos muitos sinais de que o corpo está se ajustando para nutrir e proteger o bebê durante a gestação. Apesar do desconforto, essas mudanças mostram o quanto o organismo é incrível e se molda para trazer uma nova vida ao mundo.

Com acompanhamento médico, ajustes simples no dia a dia e paciência, é possível passar por essa fase de forma mais leve, sabendo que cada transformação é parte do caminho para a chegada do bebê.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

oferta

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.