Sofrimento fetal: como detectar e evitar riscos durante a gravidez

Como a insuficiência placentária pode afetar a saúde do seu bebê

Por Redação Pais e Filhos
8 jan 2025, 17h00
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 (Freepik/Reprodução)
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Durante a gestação, muitas mudanças acontecem no corpo da mulher, e a preocupação com a saúde do bebê é uma constante. Embora a maioria das transformações seja natural, algumas condições exigem mais atenção, como o sofrimento fetal, também conhecido como insuficiência placentária. Esse é um problema que pode afetar diretamente o desenvolvimento do bebê e, por isso, é importante entendê-lo bem e saber como identificá-lo.

O que é o sofrimento fetal?

O sofrimento fetal ocorre quando o bebê não recebe oxigênio suficiente para seu desenvolvimento. Esse quadro pode ser causado por dificuldades no fluxo sanguíneo para a placenta, que é responsável por fornecer oxigênio e nutrientes para o bebê. Em alguns casos, o corpo da gestante cria mecanismos de adaptação, o que pode levar a uma situação crônica, onde o bebê se acostuma a essa falta de oxigênio. Isso pode resultar em perda de nutrientes essenciais e até mesmo afetar o desenvolvimento de doenças genéticas ou crônicas.

A grávida pode perceber o sofrimento fetal?

Infelizmente, a grávida não consegue perceber diretamente se o bebê está sofrendo com a falta de oxigênio. A condição geralmente é identificada durante os exames de rotina, como o ultrassom ou o Doppler, que são usados para monitorar a saúde do bebê e o funcionamento da placenta. Nos estágios iniciais, o embrião continua se movimentando normalmente, e a grávida pode não notar nada de anormal. No entanto, quando o problema se agrava, a mãe pode perceber uma diminuição ou até mesmo a interrupção dos movimentos do feto. Essa parada dos movimentos pode ser um sinal de que o sofrimento fetal está em um estágio mais avançado, o que exige atenção médica imediata.

Quais são os riscos do sofrimento fetal?

Se não identificado e tratado a tempo, o sofrimento fetal pode resultar em complicações graves para o bebê. A falta de oxigênio, especialmente quando é aguda e prolongada, pode levar a sérias consequências, como a paralisia cerebral. Por isso, é fundamental que a gestante siga todas as orientações médicas e faça os exames de pré-natal regularmente. O diagnóstico precoce do sofrimento fetal aumenta as chances de uma intervenção bem-sucedida, evitando riscos ao bebê.

Mecônio e sofrimento fetal

O mecônio é a primeira evacuação do bebê, composta por uma substância viscosa que normalmente é liberada após o nascimento. Antes das 34 semanas de gestação, não é comum que o bebê libere o mecônio, mas em casos de sofrimento fetal, isso pode acontecer. O mecônio liberado antes do nascimento pode indicar que o bebê passou por contrações intestinais, o que pode ser causado pela falta de oxigênio. O líquido amniótico, que envolve o bebê, pode ficar esverdeado devido à presença de mecônio.

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No entanto, nem sempre a liberação do mecônio está relacionada ao sofrimento fetal. Em alguns casos, pode ser um sinal de maturidade do sistema digestivo do bebê. Por isso, sempre que houver suspeita, é importante que a gestante consulte seu médico para esclarecer a causa e seguir as orientações necessárias.

Como o sofrimento fetal é tratado?

Em muitos casos, o sofrimento fetal é identificado por meio de ultrassonografias e outros exames de monitoramento, que observam o crescimento do bebê e o funcionamento da placenta. Quando há sinais de que o bebê não está recebendo oxigênio e nutrientes suficientes, é necessário monitorar a situação de perto. Isso é particularmente importante em casos de prematuridade, quando o bebê precisa nascer antes da 37ª semana.

Infelizmente, em muitos casos de sofrimento fetal, especialmente quando é crônico, as opções de tratamento durante a gravidez são limitadas. O principal objetivo dos médicos é ganhar o máximo possível de tempo para o bebê desenvolver-se de forma saudável antes de ser retirado do útero. No caso de bebês prematuros, o parto precoce pode ser a única solução para evitar danos graves à saúde do bebê.

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Em algumas situações, o sofrimento fetal pode ser detectado durante o trabalho de parto, quando o bebê não responde bem aos estímulos ou apresenta alterações nos batimentos cardíacos. Nesses casos, uma intervenção rápida pode ser necessária, e o parto pode ser feito por cesárea para garantir a segurança do bebê.

Importância do acompanhamento médico

O sofrimento fetal é um problema sério, mas com o acompanhamento adequado e a identificação precoce, muitas vezes é possível minimizar os riscos e garantir que o bebê nasça com a saúde preservada. Por isso, é essencial que a gestante siga todas as recomendações do médico, compareça às consultas de rotina e faça os exames pré-natais recomendados.

Além disso, caso perceba qualquer alteração nos movimentos do bebê, como uma diminuição nos chutes ou uma parada nos movimentos, é fundamental procurar atendimento médico imediato. O monitoramento constante da saúde do bebê é a melhor forma de prevenir complicações graves e garantir o bem-estar tanto da mãe quanto da criança.

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Consultoria: Dr. Igor Padovesi, ginecologista e obstetra

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