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Mães que praticam cama compartilhada amamentam por mais tempo, diz pesquisa

Cientistas ingleses notaram que bebês que dormem com as mães têm maior probabilidade de ser alimentados no peito após os 6 meses de vida.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 20 jul 2017, 20h42 - Publicado em 4 Maio 2016, 16h33
Jupiterimages/Thinkstock/Getty Images
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Colocar o bebê para dividir o colchão com os pais durante a noite é uma prática reprovada por muitos especialistas – e praticada por inúmeros casais. A preocupação de pediatras e estudiosos do tema é que incluir a criança na mesma cama em que a mãe e o pai dormem aumenta o risco de morte súbita. Isso porque, num descuido involuntário dos pais adormecidos, o pequeno pode ser sufocado, por exemplo. Mas há quem defenda e aponte benefícios de passar a noite junto do filhote.

Recentemente, pesquisadores ingleses publicaram, no periódico científico Acta Paediatrica, um estudo que mostrou que a cama compartilhada ajuda a aumentar o período de amamentação dos baixinhos. Participaram do levantamento 870 mães de primeira viagem. Durante a gravidez, elas responderam a questionários sobre a intenção de amamentar e, depois do parto, deram informações sobre o tempo em que alimentaram seus filhos no peito e contaram, ainda, se praticavam a cama compartilhada.

Os resultados da pesquisa demonstraram que a maioria das mulheres que disseram dormir com os filhotes frequentemente ainda amamentava seus pequenos após eles completarem 6 meses de vida. Aquelas que alegaram dividir a cama às vezes eram mais propensas a estender o aleitamento até o quinto mês, mais ou menos. E as participantes que raramente pegavam no sono com as crianças davam de mamar ao longo de três meses, apenas.

Intenção de amamentar

Os cientistas também avaliaram que 95% das mães que fazem cama compartilhada manifestaram, ainda na gestação, uma grande vontade de amamentar. Na gravidez, a intenção de dar o peito foi declarada por 87% das participantes que dormiam às vezes com o filho e por 82% das que raramente levavam os bebês para o mesmo colchão. Segundo os autores do estudo, isso explicaria os índices de aleitamento encontrados após o nascimento das crianças.

Conscientização sobre os riscos

Os estudiosos ponderam que mesmo quem é adepto da cama compartilhada ou pretende praticá-la quando tiver filho deve se informar sobre os perigos envolvidos e o que fazer para minimizá-los. Portanto, se você faz parte de algum desses grupos, ter uma boa conversa com um pediatra ou outro especialista no assunto é fundamental.

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