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Inteligência Artificial pode ajudar homens inférteis a se tornarem pais

Inovação acelera em até mil vezes processo para identificar espermatozoides saudáveis em amostra

Por Carla Leonardi
13 set 2023, 11h43
Modelos grandes de espermatozoides sobre duas mãos
 (Toshiro Shimada/Getty Images)
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Uma nova ferramenta desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Sydney, na Austrália, e pela startup NeoGenix Biosciences é capaz de identificar espermatozoides saudáveis em segundos. A análise é feita a partir de fotografias tiradas de amostras de esperma de maneira automatizada – para se ter uma ideia, a análise manual, feita por um embriologista, leva cerca de seis ou sete horas.

O nome da inovação é SpermSearch e, segundo os dados obtidos pelos testes realizados, ela trabalhou 1000 vezes mais rápido do que um cientista experiente seria capaz. Trata-se de um sistema de Inteligência Artificial (IA) criado para ajudar homens que sofrem de azoospermia não obstrutiva, ou seja, que ejaculam sem nenhum espermatozoide.

O que acontece, em geral, nesses casos de infertilidade masculina é a retirada de uma pequena parte de tecido dos testículos, para que ela seja analisada em laboratório. Assim, a partir dessa amostra, o embriologista procura manualmente espermatozoides saudáveis que, uma vez encontrados, podem ser extraídos e injetados em um óvulo.

Inteligência Artificial pode ajudar homens inférteis a se tornarem pais
(Carol Yepes/Getty Images)

Avanços científicos na reprodução humana

A ideia, dizem os pesquisadores, é que essa seja uma ferramenta auxiliar – e não que ela substitua os cientistas. “Ele pode destacar um espermatozoide potencialmente viável antes mesmo que um ser humano possa processar o que está vendo”, disse o desenvolvedor do software, Steven Vasilescu, à BBC.

Para atingir essa performance, Vasilescu e seus colegas que trabalharam no SpermSearch treinaram a IA mostrando a ela milhares de imagens de amostras.

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Ainda para a BBC, a doutora Sarah Martins da Silva, da área de medicina reprodutiva da Universidade de Dundee, no Reino Unido, ressaltou o quanto o tempo é crítico para esses casos de reprodução assistida:  “Se você tem alguém que já coletou óvulos que precisam ser fertilizados, há apenas uma pequena janela de tempo para que eles possam ser usados. Acelerar esse processo seria extremamente vantajoso.”

Os resultados da nova IA foram apresentados na European Society of Human Reproduction and Embryology, encontro anual que aconteceu em junho deste ano em Copenhagen, na Dinamarca.

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