Insônia na gravidez: por que ocorre e o que fazer?
Incômodo é comum, mas em muitas situações pode ser amenizado
A gravidez é um período emocionante na vida de qualquer família, mas, romantismos à parte, é preciso admitir: para quem está carregando um bebê, não faltam desconfortos associados ao corpo que está mudando para garantir a formação de uma nova vida. Entre os vários incômodos, um dos mais comuns é a insônia.
É até irônico: você sabe que precisa repousar, pois o corpo está demandando ainda mais energia para sustentar outra pessoinha dentro do útero – e também sabe que, nos meses após o nascimento, as chances de dormir bem vão ser ainda mais escassas. Mas, mesmo assim, pode ser difícil pegar no sono.
Em primeiro lugar, que fique claro: ter insônia na gravidez é normal, por mais inconveniente que seja. Mas algumas técnicas podem ajudar a amenizá-la.
Por que a insônia ocorre na gravidez?
Como costuma ser o caso quando falamos de mudanças associadas à gestação, alterações hormonais e mudanças no próprio corpo são as culpadas, também, quando o assunto é a insônia.
Os enjoos e a azia típicos da gravidez, por exemplo, podem se tornar desconfortáveis a ponto de impedir um sono de qualidade. Do mesmo modo, uma necessidade maior de urinar é outra razão que faz gestantes despertarem no meio da noite – e, em muitos casos, não conseguirem voltar a adormecer.
A maior frequência do xixi está relacionada tanto ao aumento da progesterona no organismo quanto a uma maior pressão exercida pelo bebê sobre a bexiga, conforme ele vai crescendo. Aliás, o desenvolvimento da criança também pode levar a outros problemas para dormir, seja porque ela começa a se mexer demais ou porque a barriga começa a se tornar grande a ponto de impedir que você se deite na posição mais confortável.
Tem solução para a insônia na gravidez?
Resolver um caso de insônia durante a gestação pode ser mais difícil do que em tempos normais, já que muitos medicamentos utilizados para ajudar a adormecer são contraindicados nesse período.
O caminho, para tentar amenizar o incômodo, é buscar saídas paliativas: fazer uma boa higiene do sono, o que inclui se deitar diariamente no mesmo horário, evitar ir para a cama lendo coisas no celular, e não se movimentar demais com atividades físicas nas 4 horas anteriores a ir pra cama.
Se a vontade de fazer xixi é seu maior problema, evite tomar muita água à noite. Mas não deixe que isso vá contra a hidratação: se sentir sede, beba água, mesmo que isso possa dificultar as coisas na hora de dormir. É uma questão de redução de danos e, ao menos no período da gravidez, a desidratação é mais problemática do que um sono ruim.
Já o consumo de cafeína não é indicado em momento algum durante a gravidez. Mas, caso você vá contra a orientação médica e ainda faça uso de alguma substância estimulante, esse hábito também deve ser interrompido para favorecer o sono.
Além disso, vale conversar com seu médico para ver se há técnicas de respiração, meditação ou mesmo posição para se deitar que podem contribuir para um sono melhor.
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