Histórias de mães: Isabella Fiorentino e outras mulheres inspiradoras dão seus relatos sobre a maternidade

Como é ser mãe de trigêmeos, de quatro filhos ou de uma criança autista? Esses são os depoimentos que estiveram presentes no evento realizado pelo Bebê.com.br e pela revista CLAUDIA Filhos. Saiba mais!

Por Nathália Florencio
Atualizado em 4 nov 2016, 15h46 - Publicado em 2 set 2015, 20h31
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Poder ouvir a experiência de outras mães, com suas dificuldades e aprendizados, é sempre algo inspirador, que faz você perceber como os dilemas dos cuidados com os filhos são tão comuns e afligem mulheres de diferentes idades, profissões e formações familiares. E foi com o intuito de promover essa troca riquíssima que o evento Histórias de Mães – realizado na manhã desta quarta-feira (02), em Campinas (SP) – reuniu mamães com vivências distintas da maternidade: a ex-modelo e apresentadora Isabella Fiorentino, a cirurgiã-dentista Milena Aragão e a estilista Andrea Ribeiro. Comandado pela editora da revista CLAUDIA Filhos, Maria Flor Calil, o bate-papo contou, ainda, com a presença da pediatra Ana Paula B. Moschione Castro, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). Confira os relatos:

Fábio Duque
Fábio Duque ()

Mãe de trigêmeos univitelinos, Isabella Fiorentino deu um depoimento no qual destacou a importância do pensamento positivo. À frente do programa Esquadrão da Moda, no SBT, desde 2009, ela revelou que sempre teve o sonho de ser mãe – e de gêmeos! E o seu desejo não só se tornou realidade, como veio com um presente a mais quando soube que seriam três bebês. Mas, como toda gestação de múltiplos, o período da gravidez foi bastante delicado. “Enquanto todas as gestantes têm acompanhamento mensal, por exemplo, eu fazia ultrassonografias semanais. E a partir da 12ª semana, fiquei em repouso absoluto”, conta.

O parto foi outro momento de tensão. Em razão de constantes contrações, a apresentadora foi internada quando estava na 26ª semana de gestação e, na 27ª, a bolsa estourou: Bernado, Lorenzo e Nícholas nasceram prematuros extremos e ficaram três meses na UTI neonatal. “Juntos, os três alcançavam apenas 3 quilos”, relembra. No entanto, um dos grandes desafios da ex-modelo ainda estava por vir. Aos quatro dias de vida, o pequeno Lorenzo sofreu uma hemorragia cerebral e hoje, com quatro anos de idade, possui dificuldades motoras. “A parte cognitiva não foi afetada e, atualmente ele está se desenvolvendo bem, inclusive já esta dando os primeiros passos com a ajuda de um andador – uma vitória para nós”, orgulha-se Isabella.

Para ela, cuidar de uma criança com necessidades especiais tem sido um grande aprendizado. Sempre com pensamento positivo, a ex-modelo observa o que o filho já consegue fazer – e não o contrário. “Talvez alguém de fora poderia pensar: ‘poxa, ele ainda não corre como seus irmãos’, mas eu procuro transformar o cenário em algo animador e ganho uma Copa do Mundo por dia com as conquistas do Lorenzo”, finaliza.

Assista ao depoimento completo de Isabella Fiorentino:

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Fábio Duque
Fábio Duque ()

Outra mãe com uma história de vida inspiradora é a cirurgiã-dentista Milena Aragão. Com quatro filhos de 1, 3, 5 e 7 anos, ela revela que sempre desejou ter uma grande família – e seu marido também compartilhou desse sonho. O primeiro filho veio pouco depois do casamento e, assim como os outros três que viriam mais tarde, nasceu de parto normal. E o dia a dia, claro, nunca mais foi o mesmo e sofreu adaptações a cada novo membro que chegou. Hoje, é difícil dar conta de tudo, mas como profissional liberal, Milena tem a liberdade de ter horários mais flexíveis para poder se dividir entre casa, trabalho, filhos…

Ela costuma dizer que complicado mesmo é ser mãe de primeira viagem. Tudo são descobertas e você vai aprendendo a maternidade aos poucos. Já o terceiro filho é que muda toda a estrutura da casa. “Precisa de um carro que comporte tantas cadeirinhas. Se for se hospedar em hotel, dependendo do local, vai ser obrigado a alugar dois apartamentos”, comenta. Então, para Milena, o quarto filho, na verdade, é o mais fácil, pois a mãe já está pós-graduada e os irmãos mais velhos ainda estão ali para ajuda. “Não sei porque tanta gente se surpreende”, brinca.

No entanto, ela confessa que, depois do primeiro filho, as mães se sentem mais seguras e acreditam que vão tirar de letra a segunda gestação – e nem sempre isso acontece. Isso porque cada criança tem uma personalidade e os pais precisam saber como respeitar e lidar com essa individualidade, sem comparar ou rotular os pequenos. “Algo fundamental para a autoestima é deixar que os filhos sejam independentes na medida de suas capacidades. Ou seja, se eles já sabem fazer algo sozinhos, deixe fazer. Ensinar dá trabalho, toma tempo, faz sujeira. É mais fácil e rápido fazer pela criança, mas sabemos que isso não faz bem”, enfatiza.

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Assista ao depoimento completo de Milena Aragão:

Histórias de mães: Isabella Fiorentino e outras mulheres inspiradoras dão seus relatos sobre a maternidade

A vida da estilista Andrea Ribeiro pode ser dividida entre antes e depois da maternidade. Aos 20 e poucos anos e com uma carreira em ascensão, ela não imaginava que um dia seria mãe – isso não estava em seus planos. Chegando perto dos 30, ela e o marido resolveram deixar as coisas acontecerem naturalmente e ela engravidou. E foi quando sofreu um aborto espontâneo que ela sentiu que estava pronta para assumir esse novo papel.

A segunda gestação surgiu como uma grande surpresa e, desta vez, tudo correu bem. A chegada da Nina, hoje com 6 anos, fez Andrea rever seus valores, conhecimentos, prioridades… Isso porque sua filha foi diagnosticada com autismo moderado por volta dos 2 anos de idade. Pequenininha, ela já era uma criaça cheia de manhas, de coisas que não fazia, de vontades e muito nervosa. Quando descobriu o problema, a estilista conta que nunca se perguntou por que isso aconteceu com ela, mas sempre para que. “No meu caso, havia muito a ser feito, muito a ser melhorado, muito a ser descoberto”, desabafa. E foi aí que uma revolução começou a acontecer e Andrea passou a buscar o equilíbrio entre ela, a família e o trabalho: “Amadurecemos juntas, nos desenvolvemos juntas. Sempre pensei que queria criar a Nina para o mundo e não para ser a minha filha autista”. E a inclusão da filha em uma escola regular foi muito importante nesse processo, que não é fácil, mas vale a pena ser percorrido.

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Nessa jornada ao mergulhar em um universo que não conhecia, Andrea percebeu que não precisava se pressionar para ser uma “supermãe” e poderia se permitir ficar triste, quieta e o melhor: a contar com o apoio de outras pessoas. Para ela, as pessoas precisam aprender a lidar com as diferenças sem culpas, sem amarras: “Quando se é mãe de uma criança especial, a gente aprende a receber ajuda, a receber grandes abraços apertados e a sentir bochechas molhadas de lágrimas de emoção dos outros… A gente aprende a deixar a demonstração de amor e carinho correr solta”. Por isso a estilista se define como uma boa aluna da vida!

Assista ao depoimento completo de Andrea Ribeiro:

Fábio Duque
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No bate-papo com a pediatra Ana Paula Moschione, foi abordado um dos principais dilemas das mães: a alimentação! A médica do Hospital Sírio-Libanês, de Sâo Paulo, falou sobre a importância de estabelecer uma rotina de refeições com os pequenos e de os pais serem o exemplo: “O filho vai ver a mãe comendo alguma coisa com prazer e vai ter vontade de experimentar”. Daí a importância de a família também ter uma dieta diversificada, com proteínas e carboidratos. Segundo a especialista, se os pais não gostam de determinado ingrediente, as crianças são as primeiras a perceber e, consequentemente, acabam recusando esse alimento. Ana Paula lembrou, também, que o paladar está em constante evolução durante a infância (e até mesmo na vida adulta) e, por isso, recomenda que diversos tipos de comidas sejam ofertados mais de uma vez para os filhos: “Agora eles não gostam de beterraba, mas daqui dois meses eles podem gostar”. 

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Algumas mamães que presenciaram o evento em Campinas (SP): 

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