Gravidez química: saiba por que o teste de farmácia pode mudar de positivo para negativo

Entenda como um aborto espontâneo muito precoce pode alterar o resultado do teste de gravidez

Por Redação Pais e Filhos
3 fev 2025, 17h00
teste de gravidez
 (Freepik/Reprodução)
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A gravidez química é uma situação comum, mas pouco compreendida. Muitas vezes, ela ocorre sem que a mulher perceba, pois os sintomas podem ser confundidos com um simples atraso menstrual. Apesar de ser silenciosa, a gravidez química é considerada um aborto espontâneo muito precoce, o que pode gerar tristeza e frustração para quem está tentando engravidar.

O que é a gravidez química?

A gravidez química ocorre quando há fecundação do óvulo e implantação do embrião no útero. Esse processo leva à produção do hormônio beta hCG, que pode ser detectado em exames de urina e sangue. No entanto, devido à perda precoce do embrião, a gestação não se desenvolve. Por isso, ela é chamada de gravidez química, já que a confirmação é feita apenas por meio da dosagem do beta hCG no organismo.

Quais são as causas da gravidez química?

As causas exatas ainda não são totalmente conhecidas. Segundo especialistas, a gravidez química pode estar relacionada a alterações genéticas que impedem o desenvolvimento adequado do embrião. Em geral, essas alterações são incompatíveis com a vida e acabam levando à perda espontânea.

Sintomas da gravidez química

A gravidez química é bastante silenciosa e não costuma apresentar sintomas evidentes. A principal indicação é a alteração no resultado do teste de gravidez, que pode ser positivo nos primeiros dias e depois negativo. Essa mudança ocorre porque o beta hCG, produzido logo após a implantação do embrião, deixa de ser produzido quando a gestação é interrompida. Em alguns casos, pode haver um pequeno atraso menstrual seguido de sangramento.

Uma diferença importante a ser destacada é entre a gravidez química e a gravidez ectópica. Na ectópica, a implantação do embrião ocorre fora do útero, como nas trompas, e o beta hCG não é zerado. Se houver dúvidas, é fundamental buscar orientação médica para excluir outras possibilidades.

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A gravidez química afeta a fertilidade?

De maneira geral, a gravidez química não compromete a fertilidade. Mulheres que passam por essa situação podem engravidar novamente nos próximos ciclos. No entanto, se houver abortos de repetição, é importante procurar um médico especialista para investigar possíveis causas.

Como funciona o beta hCG no organismo?

O beta hCG é produzido a partir da implantação do embrião no útero. Quando ocorre a perda gestacional, a produção do hormônio cessa, e seus níveis começam a diminuir até serem completamente eliminados do organismo. O tempo para que isso aconteça varia entre poucos dias e algumas semanas, dependendo do organismo de cada mulher.

Existe risco para a saúde da mulher?

A gravidez química, por si só, não apresenta riscos ou consequências graves para a saúde. Contudo, é importante prestar atenção caso a situação se repita frequentemente. Abortos consecutivos devem ser investigados, pois podem indicar condições como alterações hormonais ou problemas na formação dos gametas.

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Como identificar a gravidez química por meio de testes?

Os testes de gravidez, sejam de farmácia ou de laboratório, detectam a presença do beta hCG no corpo. Em casos de gravidez química, é comum que o teste de farmácia dê resultado positivo nos primeiros dias e depois negativo. Por isso, é recomendável repetir o exame após alguns dias, caso o resultado inicial seja negativo e a menstruação continue atrasada.

Os testes de farmácia possuem alta taxa de acerto, desde que sejam realizados de forma correta. O ideal é utilizar a primeira urina do dia, seguir o passo a passo indicado na bula e verificar a validade do produto. Já os exames de laboratório, que podem ser feitos com urina ou sangue, são ainda mais precisos e podem ser realizados gratuitamente pelo SUS ou em laboratórios particulares.

Consultoria: Dr. Igor Padovesi, ginecologista e obstetra

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