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Eliana faz cerclagem uterina: entenda o que é o procedimento

Normalmente, a cirurgia é realizada entre a 13ª a 16ª semana de gestação para prevenir partos prematuros. Saiba mais!

Por Luísa Massa
Atualizado em 11 set 2017, 09h25 - Publicado em 9 ago 2017, 19h51

Desde que anunciou que está grávida do segundo filho, Eliana tem chamado cada vez mais a atenção dos fãs. Em maio, ela revelou que teve descolamento de placenta e, por causa das complicações, foi orientada a fazer repouso absoluto.

No último domingo, 6, a artista apareceu no programa em que apresenta no SBT, mas dessa vez sendo entrevistada por Chris Flores. No bate-papo, ela contou detalhes do seu caso e mencionou que teve que fazer uma cerclagem uterina com 11 semanas de gestação.

Segundo a apresentadora, ela tomou dois tipos de anestesia – a geral e a raqui – para realizar o procedimento que durou cerca de 4 horas. Ela ainda afirmou que foi submetida a uma moderna cirurgia robótica.

Mas o que é cerclagem uterina?

O termo usado por Eliana gerou dúvidas, já nem sempre as pessoas sabem que essa operação previne partos prematuros. “Geralmente quem precisa fazer o procedimento são mulheres que têm uma condição chamada insuficiência istmo cervical (identificada no ultrassom transvaginal e exame de toque), que é quando o colo do útero é mais curto do que o habitual e vai afinando com uma facilidade maior, podendo chegar a não aguentar o peso da criança”, explica o ginecologista Rodrigo da Rosa Filho, membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP) e sócio-fundador da clínica de reprodução humana Mater Prime, de São Paulo.

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Na técnica realizada dentro do centro cirúrgico, normalmente é feita a anestesia raquidiana – responsável pela perda de sensibilidade na parte inferior do corpo. “A recuperação tende a ser rápida, mas até o final da gestação é indicado que a mãe faça repouso absoluto porque, embora tenha efetuado o procedimento, existe o risco do útero abrir. Então ela deve permanecer deitada e não ficar tanto tempo em pé”, orienta o médico.

Para a questão ficar mais clara, basta imaginar uma bexiga: quando começamos a enchê-la, o bico vai ficando cada vez mais fino. Só que, às vezes, esse bico pode ser menor do que o usual e a chance do ar escapar é maior – exatamente o que acontece com quem tem a insuficiência istmo cervical. No caso, podemos comparar aquele nó que é dado para fechar a bexiga com os pontos que as mulheres recebem ao fazer a cerclagem uterina.

Quando ela deve ser feita?

A apresentadora do SBT disse que passou pelo procedimento com 11 semanas de gestação, mas Rodrigo da Rosa comenta que normalmente ele é feito entre a 13ª a 16ª semana – quando o risco de acontecer um aborto espontâneo diminui.

Como é realizada a cirurgia?

Ela é feita via vaginal – o médico introduz um espéculo e opera o colo do útero. No caso da Eliana, a operação foi mais tecnológica: o especialista conduziu o procedimento com o auxílio de robôs. “Nessa circustância, o acesso é feito com três furos no abdome, onde os aparelhos são colocados. Mas vale lembrar que esse tipo de cirurgia é extremamente avançada e ainda não está disponível para a maioria da população brasileira”, adverte o ginecologista da clínica Mater Prime.

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Existem riscos?

As grávidas ficam apreensivas quando são orientadas a fazer qualquer tipo de cirurgia, mas geralmente essa traz mais benefícios do que danos. “Tem chance de romper a bolsa, mas ela é baixa. Por isso mesmo a operação deve ser feita o quanto antes. É importante conversar com o médico para que ele avalie a situação da paciente”, reforça o especialista da SOGESP.

 

 

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