Complicações da placenta: 5 fatos importantes que toda gestante deve conhecer
Entenda algumas condições possíveis na placenta e quais seus níveis de gravidade

Durante a gravidez, a mulher vive inúmeras fases, muitas vezes marcadas por expectativas, mudanças e descobertas. Nesse período tão especial, a placenta assume um papel essencial: ela é a ligação direta entre mãe e bebê, garantindo o fornecimento de oxigênio e nutrientes indispensáveis para o crescimento saudável da criança. Na maioria das vezes, esse órgão cumpre sua função de forma perfeita, permitindo uma gestação tranquila. No entanto, em alguns casos, podem surgir alterações placentárias que exigem atenção redobrada, já que representam riscos para a gestante e para o bebê. Conhecer essas condições é fundamental para identificar sinais de alerta e agir com rapidez junto à equipe médica.
Descolamento da placenta: quando a separação acontece antes da hora
O descolamento prematuro da placenta acontece quando ela se separa da parede do útero antes do parto. Essa complicação pode causar sangramentos importantes na mãe e interromper o fornecimento de oxigênio e nutrientes ao bebê. Embora ocorra em cerca de 1% das gestações, em parte dos casos pode ser grave, colocando em risco a vida de ambos.
Alguns fatores aumentam as chances de descolamento, como hipertensão, gestações múltiplas, idade materna avançada, tabagismo e consumo de álcool. Quando o problema é identificado, muitas vezes a cesariana é a forma mais segura de preservar a saúde da mãe e do bebê.
Placenta prévia: quando o órgão se posiciona abaixo do normal
A placenta prévia é caracterizada pela fixação da placenta total ou parcialmente sobre a entrada do útero, impedindo o parto normal. Apesar de ser considerada uma complicação de risco, com acompanhamento médico a maioria das gestantes chega ao fim da gravidez sem grandes problemas.
Os sintomas mais comuns incluem dor abdominal e sangramentos vaginais de cor viva. Nessas situações, a recomendação é evitar esforço físico, relações sexuais e manter-se próxima a um hospital para atendimento imediato, caso necessário.
Placenta acreta: quando a afixação é profunda demais
Em alguns casos, a placenta se fixa de maneira excessiva e profunda na parede uterina, dificultando sua saída após o parto. Essa condição, chamada placenta acreta, pode provocar hemorragias graves e, em situações mais complexas, exigir até a retirada do útero.
O risco é maior em mulheres que já passaram por cesarianas anteriores. Por isso, o diagnóstico precoce e o planejamento do parto em ambiente hospitalar são fundamentais para evitar complicações sérias.
Insuficiência placentária: quando a função não é bem desempenhada
A insuficiência placentária ocorre quando a placenta não se desenvolve adequadamente ou não consegue cumprir sua função de nutrir e oxigenar o bebê. Essa falha pode resultar em baixo peso ao nascer ou em restrição do crescimento intrauterino.
O acompanhamento por meio de ultrassonografias e exames periódicos permite avaliar o bem-estar do bebê e adotar medidas de proteção até o momento do parto.
Inversão uterina: uma raridade perigosa
Uma das condições mais raras e graves é a inversão uterina. Ela acontece quando, no momento da saída da placenta, o útero se volta de dentro para fora. Embora a condição seja potencialmente fatal, o tratamento imediato, que pode envolver manobras médicas, medicamentos, transfusão de sangue e até cirurgia, costuma devolver a segurança à mãe.
Informação e cuidado: aliados de uma gestação segura
Embora as complicações placentárias sejam preocupantes, é importante lembrar que a maioria das gestações evolui de forma saudável. O mais importante é manter uma comunicação aberta com os profissionais de saúde, realizar o pré-natal de forma adequada e estar atenta aos sinais que o corpo pode dar. Assim, caso surja algum imprevisto, será possível agir com rapidez e garantir a proteção da mãe e do bebê nesse momento tão especial.