Calculadora chinesa do sexo do bebê funciona? Entenda o que é mito e o que é real

Saiba como funciona essa tabela antiga e quais as comprovações sobre o método

Por Redação Pais e Filhos
28 Maio 2025, 17h00
A incrível tabela chinesa: Antiga tradição promete prever o sexo do bebê
A incrível tabela chinesa: Antiga tradição promete prever o sexo do bebê (RyanKing999/Thinkstock/Getty Images)
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A curiosidade para saber o sexo do bebê faz parte da experiência da gestação. Para quem prefere não esperar pelos exames médicos, algumas tradições antigas ainda ganham espaço, como a chamada calculadora chinesa do sexo do bebê. Ela costuma circular em grupos de gestantes, redes sociais e até conversas de família, prometendo prever se o bebê será menino ou menina. Mas será que esse método tem alguma base científica ou é apenas uma brincadeira sem comprovação?

O que é a calculadora chinesa

A calculadora chinesa é baseada em uma tabela que relaciona a idade da mãe com o mês da concepção para prever o sexo do bebê. A prática é inspirada no calendário lunar chinês, que considera ciclos diferentes do calendário ocidental. Segundo a tradição, a tabela teria sido descoberta há séculos, em uma tumba real na China, e era usada como uma forma de planejar o nascimento de herdeiros do sexo masculino.

Para usar a tabela, é preciso converter a idade da mãe para a chamada idade lunar. Em geral, basta somar um ano à idade atual da gestante, exceto nos casos de pessoas nascidas em janeiro ou fevereiro, que já estariam no primeiro mês do ano lunar chinês. Com a idade lunar em mãos, o próximo passo é cruzar essa informação com o mês da concepção para ver o resultado na tabela.

Como calcular a idade lunar

Apesar de parecer complexa, a conta é simples:

  • Se você nasceu entre março e dezembro: sua idade lunar é sua idade atual + 1.
  • Se você nasceu em janeiro ou fevereiro: sua idade lunar é a mesma da idade atual.

Depois, é necessário identificar o mês da concepção. Para isso, uma das formas é contar duas semanas após o início da última menstruação, nos casos de ciclos menstruais regulares. Também é possível subtrair as semanas de gestação da data prevista do parto para chegar a uma estimativa.

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Com os dois dados em mãos, basta procurar o cruzamento deles na tabela chinesa — disponível em muitos sites — e verificar o palpite sobre o sexo do bebê.

Existe comprovação científica?

Apesar da popularidade da tabela chinesa, não há qualquer embasamento científico que comprove sua eficácia. Pesquisas já testaram a acurácia do método e mostraram que ele acerta em torno de 50% dos casos, o que é o mesmo que o acaso. Um estudo da Universidade de Michigan, por exemplo, analisou o desempenho do método e concluiu que a previsão da tabela não passa de uma probabilidade aleatória.

Historicamente, o método servia como uma forma de controle de natalidade, em uma época em que filhos homens eram valorizados por motivos culturais e econômicos. Hoje, no entanto, ela é vista apenas como uma forma divertida de lidar com a ansiedade que envolve a gestação.

Tabela chinesa de gravidez para saber se é menino ou menina
(Anamaria Sabino/Bebê.com.br)
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Métodos confiáveis para saber o sexo do bebê

Se a ideia é ter uma confirmação precisa, o ideal é recorrer a métodos modernos oferecidos pela medicina. Veja os principais:

  • Sexagem fetal: exame de sangue que detecta fragmentos de DNA do bebê a partir da 8ª semana de gestação. É considerado altamente confiável para identificar o sexo.
  • Ultrassom morfológico: realizado geralmente entre a 18ª e a 22ª semana, permite visualizar os órgãos genitais do bebê, embora a posição do feto possa dificultar o resultado.
  • Exames genéticos invasivos: como amniocentese e biópsia de vilo corial, que são precisos, mas indicados apenas em casos específicos de investigação genética.
  • Exame pré-natal não invasivo (NIPT): além de identificar o sexo, esse exame analisa alterações cromossômicas com alto índice de precisão.

Brincadeira inofensiva, mas sem garantias

A calculadora chinesa pode funcionar como uma forma leve e simbólica de curtir os primeiros meses da gravidez. Para muitas famílias, ela vira tema de apostas entre amigos e parentes ou uma maneira de envolver irmãos mais velhos na chegada do bebê. No entanto, é importante lembrar que ela não substitui exames médicos e não deve ser levada como uma verdade absoluta.

O importante é viver esse período com leveza, fazer o acompanhamento adequado com os profissionais de saúde e aproveitar cada momento da espera — seja com palpites, tradições antigas ou ciência moderna.

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