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Aula 1 – Os sintomas da gravidez

O obstetra Waldyr Muniz, do Hospital Albert Einstein, fala sobre os primeiros sinais da gestação e a importância da placenta para o desenvolvimento do bebê.

Por Redação Bebê.com.br
Atualizado em 3 Maio 2017, 22h11 - Publicado em 26 jun 2015, 16h40
Thinkstock/Getty Images
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Primeiros sinais

Eles variam bastante. Na verdade, variam de organismo para organismo e de momento para momento da gestação. O principal deles é mesmo o atraso menstrual. Por isso, aquelas mulheres com o ciclo muito certinho logo desconfiam quando estão grávidas e, não raro, fazem algum teste de farmácia. Vale notar que esses testes, realizados em casa com uma amostra da urina, já estão muito mais confiáveis do que no passado. No entanto, o mais certeiro ainda é o exame de sangue para dosar um hormônio chamado beta hCG. Ele é tão sensível que pode acusar uma gravidez antes mesmo de qualquer atraso na menstruação.Outros sinais frequentes são enjoo, alterações digestivas, como azia e queimação, aumento da salivação e do apetite, sem contar a sensação de sonolência.O ideal seria a mulher, ao receber a confirmação da gravidez, realizar exames de sangue, urina e fezes para afastar a hipótese de problemas, como infecções capazes de atrapalhar o desenrolar da gestação. São os primeiros exames pré-natais — todos absolutamente necessários!É preciso, ainda, um ultrassom para confirmar a idade gestacional, verificar como o bebê se implantou no útero e como está batendo o seu pequeno coração.

A culpada é a placenta?

No comecinho da gravidez, mal a placenta começa a aparecer, ela já passa a secretar hormônios iguais aos que o corpo da mulher produzia — mas, claro, no caso trata-se de uma produção extra. E esses hormônios, em dosagens maiores do que as de costume, acabam influenciando as mais diversas funções do organismo. Portanto, por trás de todos os sinais da gravidez há uma ação hormonal. Não à toa, eles tendem a ser mais intensos quando a mulher espera gêmeos. Ora, no caso, ela está formando no ventre uma quantidade bem maior de placenta — portanto, está produzindo mais e mais hormônios e, provavelmente, experimentando mais e mais sintomas.

O problema do enjoo

Ele é um sinal frequente, mas não obrigatório. Algumas grávidas nunca sentiram esse mal-estar. Em outras, ele aparece por volta da sétima semana de gestação.A ansiedade, o estresse, o cansaço físico, o excesso de comida ou, ao contrário, períodos de jejum prolongado tendem a agravar as crises de enjoo. O médico poderá prescrever medicamentos para controlá-las. O ideal, porém, é a mulher perceber em que horários do dia ela costuma se sentir mais enjoada e procurar se poupar nesses momentos. Controlar a alimentação também é importante.Para algumas grávidas que costumam sentir muito enjoo, alimentos gelados, como picolés de frutas ácidas, trazem algum alívio. Eles podem ser uma espécie de recurso de emergência. O fundamental é não forçar o apetite e comer apenas o que sentir vontade para não piorar o quadro. O que realmente faz diferença para a grávida nessa fase é a hidratação, e não a comida. É disso que ela não deve se descuidar.Evite comer quando se sentir enjoada para evitar as crises de vômito. Mais do que desagradáveis, elas fazem seu organismo perder muito líquido e minerais importantes para o desenvolvimento do feto. Uma ótima sugestão é fracionar as refeições. Comer pequenas porções de alimentos em intervalos regulares ajuda bastante.

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Manter-se hidratada

Essa deve ser a preocupação número 1 da gestante, especialmente nesse início de gravidez. No caso das mulheres que sentem muito enjoo, porém, um copo de água pode atrapalhar mais do que ajudar. Elas devem privilegiar sucos, leite, iogurtes, sopas e outros alimentos ricos em água, como frutas bem suculentas.

As alterações emocionais

Elas surgem logo no início e têm a ver com a história de toda uma vida — o que essa mulher experimentou na infância, sua vida familiar, a expectativa em relação ao bebê e ao seu papel de mãe, o relacionamento com o parceiro, se é uma gravidez muito desejada ou, ao contrário, inesperada… Tudo conta. É preciso respeitar esses aspectos psicológicos e refletir sobre esses fatores envolvidos. Até porque eles afetam diretamente os sintomas físicos e o bem-estar da gestante. Uma boa ideia para conter a ansiedade é conversar bastante com seu obstetra e tirar todas as dúvidas. Uma das funções mais importantes do pré-natal é justamente esta: proporcionar segurança à futura mamãe.

Questões de apetite

Os famosos desejos por alimentos específicos — por ironia, na maioria das vezes difíceis de ser encontrados naquele momento, como frutas fora de época — são um sintoma clássico da gravidez, bastante observado nos consultórios dos obstetras. É provável que os hormônios tenham uma participação muito discreta nesse fenômeno. Mas, sem dúvida, sua principal causa é de caráter psicológico.

O cálculo do tempo de gravidez

Uma gestação dura 40 semanas, em média. E os médicos costumam contá-la a partir do primeiro dia da última menstruação. Portanto, faça o seguinte:

Anote a data da última vez em que você menstruou. Vamos imaginar que tenha sido no dia 2 de abril. Primeiro, some 7 ao número do dia. Ou seja, 2 + 7 = 9.  Então, subtraia 3 do número do mês, que no caso de abril é 4. Ou seja, 4 – 3 = 1, número equivalente a janeiro. O resultado desse cálculo indica que a criança deverá nascer aproximadamente em 9 de janeiro. Se, ao somar o dia da última menstruação com 7, o mês virar, então a conta será ligeiramente diferente. Imagine que sua última menstruação tenha começado no dia 27 de junho. Ora, 27 de junho mais sete dias daria 4 de julho no calendário. Guarde o número 4. Agora, para calcular o mês, é simples: pegue o número do mês da última menstrução — mês 6, no nosso exemplo — e subtraia 2 em vez de 3. Ou seja, 6 – 2 = 4. A criança deverá nascer por volta de 4 de abril. Caso você não se lembre da data da última menstruação, não se preocupe. O primeiro ultrassom resolve a questão, ao medir o feto. Seu tamanho também indica a idade gestacional.

O sexo do bebê

Para aquelas que desejam descobrir o sexo antes do nascimento e nem sequer querem esperar a ultrassonografia da 16ª semana — que já é capaz de dar essa informação com segurança —, há um teste de sangue que pode responder a essa dúvida já na oitava semana. Trata-se do exame de sexagem fetal. Ele acerta na resposta em 99% dos casos.

Quer saber mais? Assista à aula completa:

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