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Altura uterina no pré-natal: como funciona e quando se preocupar

Veja como esse parâmetro simples do pré-natal ajuda a monitorar o crescimento fetal e identificar possíveis alterações

Por Sarah Merlim
6 dez 2025, 09h00 •
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 (wavebreakmedia_micro/Freepik/Reprodução)
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  • A partir do segundo trimestre da gestação, a medição da altura uterina passa a integrar os cuidados de rotina nas consultas pré-natais. Trata-se de um procedimento simples, realizado com o uso de uma fita métrica flexível, que permite avaliar a distância entre o osso púbico e o topo do útero. Essa técnica não invasiva é rápida, indolor e pode ser feita em poucos segundos durante o exame físico.

    Mais do que um número, essa medida funciona como um indicativo do desenvolvimento fetal. Ela ajuda a verificar se o bebê está crescendo conforme o esperado, além de sinalizar possíveis alterações que exigem atenção. A partir dela, é possível identificar gestações múltiplas, excesso ou falta de líquido amniótico, e até ajustar a estimativa da idade gestacional com base no crescimento do útero.

    O que é altura uterina?

    A altura uterina é a distância, em centímetros, entre o osso púbico (logo acima da região genital) e o topo do útero, que pode ser palpado no abdômen. Essa medida costuma ser feita em toda consulta pré-natal a partir da 20ª semana e é usada para monitorar se o bebê está crescendo de forma adequada.

    De forma geral, a medida em centímetros costuma ser proporcional à idade gestacional em semanas. Por exemplo, com 24 semanas, espera-se uma altura uterina em torno de 24 centímetros, com uma variação aceitável de até 3 cm para mais ou para menos.

    Altura uterina maior que o esperado: o que pode significar

    Quando a altura uterina está acima do esperado para a idade gestacional, pode indicar diversas situações. Entre as causas mais comuns estão:

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    • Estágio da gestação mais avançado do que o estimado inicialmente
    • Menor tonicidade dos músculos abdominais, comum em gestações anteriores
    • Presença de miomas no útero, que aumentam o volume total
    • Gestação múltipla (gêmeos ou mais)
    • Excesso de líquido amniótico (polidrâmnio)
    • Posição do bebê mais elevada ou placenta em localização alta
    • Diabete gestacional, que pode causar crescimento fetal acelerado
    • Herança genética de bebês maiores, sem alterações de saúde

    Nesses casos, a ultrassonografia é solicitada para investigar a causa e acompanhar o crescimento fetal com mais precisão.

    Altura uterina menor que o esperado: quais as possíveis causas

    Se a medida estiver mais de 3 cm abaixo do esperado, isso também pode levantar suspeitas. Algumas causas possíveis incluem:

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    • Estimativa incorreta da idade gestacional
    • Estatura mais baixa da gestante ou músculos abdominais mais firmes
    • Quantidade reduzida de líquido amniótico
    • Bebê já encaixado na pelve, o que ocorre no final da gestação
    • Restrição de crescimento intrauterino (PIG – Pequeno para a Idade Gestacional)

    A depender do caso, o profissional pode solicitar exames de imagem mais detalhados para acompanhar a evolução do bebê.

    O que é restrição de crescimento intrauterino

    Quando o bebê apresenta crescimento abaixo do esperado, pode estar ocorrendo uma restrição do crescimento intrauterino. Uma das causas mais frequentes é a circulação inadequada entre a placenta e o feto. Essa situação pode surgir em casos de pré-eclâmpsia, infecções (como Covid-19) ou outros fatores que comprometem o fluxo de nutrientes e oxigênio.

    Nesses casos, o pré-natal se torna mais rigoroso, com ultrassonografias seriadas e avaliação constante do bem-estar fetal. Em algumas situações, o parto pode ser antecipado para garantir a segurança do bebê e da gestante.

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