A partir de que semana é possível começar a ouvir o coração do bebê?
Com os avanços da medicina e da tecnologia, pode-se escutar os batimentos cardíacos do pequeno desde cedo; mas nem sempre foi assim

A gravidez é um período cercado de expectativas. Sem dúvidas, as inovações tecnológicas cumprem a função de acalmar os corações apreensivos das mamães e papais à espera do novo integrante da casa.
Foi-se o tempo em que era preciso aguardar o nascimento para saber o sexo do neném ou, ainda, esperar longos meses para escutar os batimentos do coraçãozinho do pequeno. Com os avanços na medicina e na tecnologia, essa espera é muito mais curta. Mas… a partir de quando é possível ouvir o coração do bebê no útero?
Os primeiros batimentos
Atualmente, é possível escutar os primeiros batimentos a partir da sexta semana de gestação, por meio de exames de ultrassom.
Nesse momento, o coração do feto ainda não está totalmente formado, mas o suficiente para que os batimentos já sejam percebidos pelos instrumentos. A formação do órgão só estará completa por volta da 11ª semana da gravidez — quando já é possível detectá-lo com mais precisão e consistência.
E a rapidez dos batimentos não deve ser motivo de mais preocupação: é natural que os fetos tenham ritmos cardíacos bastante elevados em comparação às pessoas adultas. Se, para nós, o ritmo normal costuma ficar entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm) em repouso, para os bebês em formação dentro do útero, esse número fica entre 120 e 160 bpm.
Ouvir os batimentos do feto: conquista da tecnologia
Até o início do século XIX, conseguir ouvir o que se passava dentro do corpo humano era muito mais difícil e menos preciso. Com a invenção do estetoscópio, em 1816, houve uma revolução na medicina.
No entanto, foi só em 1895 que Adolphe Pinard criou um estetoscópio específico para ouvir a atividade dos fetos dentro do útero. O estetoscópio de Pinard tinha um formato de cone, semelhante a uma corneta e permitia escutar os batimentos dos fetos a partir de 20 semanas de gestação. Um tempo muito longo para os padrões atuais, mas certamente inimaginável para nossos antepassados.