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Tudo o que você precisa saber sobre hemorragia no parto

Por que ela acontece? Quais são as consequências para a mãe e o bebê? É mais comum em cesárea ou parto normal? Esclareça suas dúvidas sobre a questão!

Por Luísa Massa
Atualizado em 19 dez 2016, 19h23 - Publicado em 19 out 2016, 15h25
SbytovaMN/Thinkstock/Getty Images
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Apesar da felicidade, quando o momento de conhecer o bebê está se aproximando, as mamães costumam ficar ansiosas. Mesmo que tudo tenha corrido bem durante o pré-natal, imprevistos podem acontecer na hora do parto. No Brasil, a hemorragia pós-parto é uma das principais causas de morte materna. Em 2014 foi criado o projeto “Zero Mortes Maternas por Hemorragia 2014-2015”, idealizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que ofereceu oficinas de treinamento para profissionais com o intuito de prevenir, diagnosticar e tratar o problema.

Soubhi Kahhale, coordenador de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo, explica que todo parto tem sangramento, mas é considerado hemorragia quando ele é exagerado. Não existe uma causa exata que determina o surgimento desta disfunção, mas ela é mais comum em algumas situações como no caso de placenta prévia, nascimento de gêmeos ou bebês grandes demais, quando a mulher demora muito para dar à luz e tem um trabalho de parto difícil e até mesmo traumas que ocorrem na hora – como, por exemplo, cortes maiores do que o necessário. “Em 70% das vezes, a causa mais comum é a atonia uterina – quando o útero não contraí. Nesse caso, o médico tem que ficar ao lado da paciente até uma hora depois do parto para massagear o útero”, afirma o médico.

Há quem diga que o tipo de parto influencia o aparecimento da hemorragia, mas, segundo Soubhi, esse não é um fator determinante: “Se uma mulher tem gêmeos de parto normal pode sangrar porque são gêmeos. Se tem gêmeos de cesariana também pode sangrar porque são gêmeos”, exemplifica. O especialista comenta que esse tipo de sangramento aparece em dois momentos. “Se for antes do neném nascer, existe um quadro de descolamento de placenta que coloca em risco a criança, que pode entrar em sofrimento fetal e até morrer. Mas, na maioria das vezes, ocorre no pós-parto”, ressalta o ginecologista.

Normalmente, o quadro de hemorragia que surge depois do nascimento do bebê é tratado no hospital com medicações e transfuções de sangue. Ele pode acarretar algumas consequências para a mãe como anemia, fraqueza, susceptibilidade à infecções e diminuição da produção de leite materno – que, consequentemente, afeta a saúde da criança. Depois que ambos recebem alta, é importante continuar seguindo algumas orientações. “Geralmente é prescrito ferro, recomenda-se alimentar direito, tomar muito líquido e os cuidados necessários com a amamentação”, explica o Dr. Soubhi.

Para o médico, a melhor maneira de prevenir os sangramentos excessivos no pós-parto é garantir uma boa assistência na hora do nascimento. “Também não ficar muito tempo em trabalho de parto, fazer a cesárea na hora certa, seguir as normas que os médicos ensinam, não dar à luz em casa, pois se tiver sangramento ou qualquer outro problema não há assistência”, completa Kahhale.

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