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Projeto que aumenta licença-maternidade para 6 meses é aprovado

A medida foi aceita pela Comissão de Assuntos Sociais e agora será analisada pela Câmara dos Deputados.

Por Luísa Massa
Atualizado em 5 abr 2018, 20h02 - Publicado em 5 abr 2018, 17h25

As mães são unânimes em dizer que não é fácil conciliar os cuidados com o bebê com a carreira. O desafio começa quando é preciso voltar para o trabalho: onde deixar o pequeno? Como continuar amamentando? Esses são só alguns dos dilemas enfrentados. Hoje, as mulheres com filhos têm apenas 120 dias de licença-maternidade, mas a boa notícia é que essa realidade pode mudar.

Na última quarta-feira, 04, uma proposta que prevê aumentar para 180 dias esse período foi aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Na ocasião, o relator Paulo Paim (PT-RS) falou sobre os benefícios: “De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, os bebês que ficam seis meses ao lado da mãe têm reduzidas as chances de contrair pneumonia, desenvolver anemia e sofrer com crises de diarreia. O Brasil gasta somas altíssimas por ano para atender crianças com doenças que poderiam ser evitadas, caso a amamentação regular tivesse acontecido durante estes primeiros meses de vida”.

Paim aproveitou para elogiar Rose de Freitas, a senadora do PMDB que criou o projeto, e comentou sobre as vantagens do programa Empresa Cidadã, que oferece benefícios para as instituições que valorizam os direitos dos pais e estendem a licença-maternidade. Apesar dos avanços, é importante lembrar que a proposta ainda deverá passar pela análise da Câmara dos Deputados para, posteriormente, ser inserida ao ambiente corporativo.

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Durante a discussão da medida, alguns políticos mostraram que têm posições contrárias. O senador Cidinho (PR-MT) apontou que a prática pode prejudicar a contratação de mulheres no mercado. “Aqui na CAS o negócio é jogar a conta para as empresas pagarem, é jogar pra platéia. Avaliam que estão ajudando e podem estar criando mais dificuldades”, opiniou.

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