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Por que todos os pais deveriam assistir esta animação da Pixar

"Float" é baseado na relação do diretor com seu filho diagnosticado com autismo e traz ensinamentos valiosos para todas as famílias.

Por Flávia Antunes
Atualizado em 27 dez 2019, 13h57 - Publicado em 24 dez 2019, 10h15

Ver o seu filho ser hostilizado por ter algo que foge do padrão, dói muito. Mesmo que você não tenha passado por isso, não é difícil ter empatia e se colocar no lugar. E aí que vem a difícil questão: como lidar? Proteger demais ou deixar que ele encare as frustrações do mundo? Um curta de animação da Pixar retrata bem este dilema e vale muito a pena ser visto.

“Float”, que está disponível desde novembro para os norte-americanos na plataforma Disney+, conta a história de um menino com o poder de voar. A condição “mágica” do garoto não é bem encarada pelas pessoas ao seu redor – e seu pai decide isolar a criança, na tentativa de protegê-lo de julgamentos e olhares maldosos. Alguma semelhança com o preconceito contra características consideradas “diferentes”? Toda!

A animação, de apenas 6 minutos, é baseada justamente na relação do diretor filipino Bobby Rubio com seu filho Alex, diagnosticado no espectro autista. A história em si não fala sobre o autismo, mas serve de metáfora para qualquer pai ou membro da família que lide com condições que fogem do que é tido como “padrão”.

(Atenção: Se você não gosta de spoiler, pule esta parte do texto e veja apenas o trailer.)

O único diálogo da produção é bastante simbólico. Depois de crescer recluso dentro de casa, o garoto resolve fugir um dia e flutuar pelo playground. Ele está muito feliz, mas os outros adultos do parquinho não. Quando seu pai se depara com a situação, arrasta-o para longe e exclama, frustrado: “Por que você não pode simplesmente ser normal?!”

Ao perceber o efeito da fala sobre o filho, ele logo se arrepende, sente vergonha e deixa que o baixinho voe livremente – e mais, se diverte fingindo que voa junto com ele. Como se a história não gerasse emoção o suficiente, temos também o final do curta. O último depoimento traz uma dedicatória de Rubio, que homenageia o seu filho: “Para Alex. Obrigado por me tornar um pai melhor. Dedicado com amor e compreensão a todas as famílias com crianças consideradas diferentes”.

Claro que pessoas que passam por situações semelhantes vão se identificar e, principalmente, com o comportamento do personagem, que impede a criança de flutuar para preservá-lo das críticas e das dores do mundo. Mas a verdade é que o lançamento da Pixar traz ensinamentos valiosos para todos os pais: ele fala sobre ter empatia, sobre como se portar diante da diversidade e sobre amor, acima de tudo.

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“Float” faz parte do Sparkshorts, um projeto experimental dos estúdios Pixar para dar voz aos artistas da empresa para que contem suas histórias pessoais. A chegada do Disney+ ao Brasil ainda não tem data definida – tudo o que sabemos é que será em 2020.

Enquanto isso, é possível desfrutar de alguns outros curtas já disponibilizados no Youtube, como Smash and Grab, Kitbull e Purl. Confira o trailer da iniciativa:

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