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Pais passam mais tempo no Facebook do que aqueles que não têm filhos, diz estudo

Levantamento feito pelo Facebook IQ - área de pesquisa da empresa comandada por Mark Zuckerberg - foi realizado com 8 300 pais de oito países.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 27 out 2016, 23h56 - Publicado em 18 jan 2016, 16h47

O que fazer quando o bebê não para de chorar? E quando os pequenos teimam em fazer birra, não importa o quanto você siga os conselhos do pediatra ou de alguém mais experiente? Por muitas gerações, questões como essas afligiram mães e pais, que recorriam à sabedoria popular ou a métodos próprios para resolvê-las. Mas hoje, graças à internet e às redes sociais, dúvidas comuns da maternidade podem ser compartilhadas e solucionadas rapidamente. Basta fazer uma busca ou escrever um post na sua página do Facebook para que as respostas de que você tanto precisa apareçam, com a ajuda de outras pessoas.

A fim de entender esse jeito moderno de criar os filhos, o Facebook IQ – área de pesquisa da empresa comandada por Mark Zuckerberg – conduziu uma pesquisa com 8 300 pais de bebês, crianças e adolescentes. Os participantes tinham entre 25 e 65 anos de idade e eram provenientes de oito países: Austrália, Brasil, Canadá, Alemanha, México, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos. O levantamento faz parte de uma série de estudos que visa entender como a tradição e a tecnologia moldaram a realidade de pais ao redor do mundo e ao longo do tempo.

Essa primeira etapa do estudo trouxe vários achados interessantes. Um deles diz respeito ao uso de celulares. De acordo com os pesquisadores, os smartphones são a principal ferramenta de pais e mães para se organizarem, acompanharem a rotina e o desenvolvimento das crianças e dividirem as conquistas dos pequenos. Analisando o uso das redes sociais, os especialistas notaram que aqueles que têm filhos passam 1,3 vezes mais tempo no Facebook em relação a quem não é pai.

Foto: Thinkstock/Arte: Juliana Mavalli
Foto: Thinkstock/Arte: Juliana Mavalli ()

Outro ponto levantado pelos estudiosos é que os dispositivos móveis também estão ajudando pais e mães a se manterem informados e a tomarem decisões. Isso se mostrou ainda mais evidente entre os Milleniuns – aqueles com idades entre 18 e 34 anos, que também são classificados como geração Y. Os entrevistados dessa faixa etária se mostraram 30% mais propensos a usar celulares e tablets para buscar informações do que os Baby Boomers, pessoas com idades entre 50 e 65 anos.

Mas, de um modo geral, todos aqueles que têm a oportunidade de criar filhos hoje em dia sentem que solucionar dúvidas é mais fácil – não importa a geração. 83% dos entrevistados revelaram ter acesso a mais informações do que seus pais tiveram; e 70% disseram ser mais bem informados do que seus genitores. O interessante é que para 76% dos Baby Boomers essa percepção foi considerada verdadeira, sendo que eles tiveram contato com internet e celulares quando já eram mais velhos.

Foto: Thinkstock/Arte: Juliana Mavalli
Foto: Thinkstock/Arte: Juliana Mavalli ()

Crianças no comando

Não são só os adultos que tiram proveito de um mundo mais conectado – os pequenos também. Para se ter uma ideia, a meninada anda tão abastecida de informação que 50% dos participantes assumem que seus filhos têm mais impacto na tomada de decisões da família do que eles próprios tiveram quando eram crianças. E metade dos entrevistados reconhece que ouvem mais os seus filhotes do que seus pais os ouviam durante a infância.

Essa interação, inclusive, tem aproximado bastante pais e filhos. 83% dos entrevistados descrevem sua família como sendo amorosa e 77% classificam seu núcleo familiar como feliz. Mesmo assim – apesar da ajuda da tecnologia – ter um filho ainda é um grande impacto na vida dos casais: 48% dizem ter preocupações com dinheiro e 39% sentem que falta tempo para dar conta de tudo. Pelo visto, tem coisas que não podem ser resolvidas com apenas um clique – ainda! wink

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Foto: Thinkstock/Arte: Juliana Mavalli
Foto: Thinkstock/Arte: Juliana Mavalli ()

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