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Os desafios de ser mãe jovem

Uma das maiores dificuldades de encarar a maternidade cedo é ter que lidar com os julgamentos e preconceitos que surgem. Confira o relato de uma mãe que conta como enfrentou esse período.

Por Luísa Massa
Atualizado em 22 out 2016, 21h43 - Publicado em 6 abr 2015, 06h48

Nathália Gold Fernandes Ribeiro, 19 anos, é mãe da Sofia, de 2 anos, estudante e idealizadora do Instagram Web Mães. Aqui, ela fala sobre os desafios que encontrou ao encarar a maternidade ainda jovem. Confira!

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“Ser mãe jovem é bem complicado: você precisa lidar com todas as inseguranças que surgem, além de ter que enfrentar o preconceito das pessoas. Eu engravidei da Sofia quando tinha 17 anos, mas com carinha de 13. Eu tinha acabado de concluir o ensino médio quando o barrigão começou a aparecer. Desde o primeiro momento eu abracei essa gravidez de corpo e alma – estava disposta a receber uma criança que viria ao mundo cercada por amor.

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Mas não é fácil! Sempre passa um milhão de dúvidas e incertezas na nossa cabeça e, ainda por cima, temos que lidar com muitos julgamentos – como se já não fosse complicado o suficiente todas as escolhas que precisamos fazer ao encarar a maternidade com essa idade. No começo, eu me importei tanto com o que as pessoas pensavam de mim que acabei me trancando dentro de casa. Se ninguém me visse ninguém falaria nada – era isso que eu pensava!

Hoje vejo que essa atitude foi errada. Eu deveria, sim, ter enfrentado todos os prejulgamentos e passado por cima de tudo, mas na época não consegui. Minha filha nasceu prematura, precisou ficar quase um mês na UTI e eu me envolvi em todos os cuidados, pois o que eu mais queria era chegar em casa com a pequena nos meus braços. Só quem passou por isso sabe como é a frustração de voltar da maternidade sem o bebê. Com isso, quando a Sofia chegou, eu demorei para começar a sair de casa com ela.

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O tempo foi passando e a minha filha ficou mais forte e foi se desenvolvendo com saúde. Então, quando comecei a sair com ela, tudo o que eu tinha passado na gravidez piorou muito. Pessoas que eu não conhecia balançavam a cabeça fazendo sinal de reprovação para mim – algumas até me abordavam na rua, como se eu estivesse cometendo um crime, quando, na verdade, a única coisa que eu queria fazer era passear e me distrair com a minha filha. Novamente fui deixando isso tomar conta de mim – eu chegava em casa e chorava por ter que enfrentar essa situação. Afinal, o que eu estava fazendo de errado? Eu não entendia.

Tudo isso estava me fazendo muito mal. Um dia, conversando com meu marido, ele me falou que eu precisava seguir em frente, não deveria ouvir essas pessoas e ser forte porque a nossa filha precisava de mim. Escutar isso de uma pessoa que estava passando pela mesma situação que eu foi libertador, como se uma porta estivesse se abrindo. Então, resolvi ignorar os comentários negativos e passar por cima de tudo pela Sofia, porque ela merece ser feliz. Eu não preciso ter medo ou vergonha, não estou fazendo nada de errado. Apesar de ter sido mãe jovem, encarei a maternidade com muita garra e sempre busquei fazer o melhor para a minha filha. Isso que vale!”

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