Entrevista: Gael García Bernal fala sobre novo filme da Disney
O ator é um dos destaques de Viva - A Vida é Uma Festa, animação que se passa no famoso Dia de Los Muertos mexicano e estreia em janeiro no Brasil
No dia 4 de janeiro, chega aos cinemas brasileiros Viva – A Vida é Uma Festa, longa metragem da Disney-Pixar que se passa em pleno Dia de Los Muertos, a celebração mais popular do México. Na história, o menino Miguel sonha em ser músico, mas qualquer tipo de música é proibida em sua família há gerações. Lutando para provar seu talento, ele vai parar no colorido mundo dos mortos, onde todos são esqueletos.
Lá ele busca a verdade sobre esse banimento, conhece seus ancestrais, celebridades e tem como grande companhia seu cachorro e o malandro Hector, dublado por Gael García Bernal.
A data mexicana equivalente ao nosso Dia de Finados não é nada triste – pelo contrário! É uma enorme festa de rua, cheia de cor e música. Para recriar esse universo, o diretor e os produtores do filme pesquisaram por três anos as tradições do país. Gael, que é mexicano, já tinha uma boa experiência com essa comemoração, como contou nesse papo exclusivo com o Bebê.com.br. Confira!
Sua família celebrava o Dia de Los Muertos na sua infância?
Sim, comemorávamos desde que eu era bem pequeno. Era e ainda é uma parte fundamental da nossa cultura.
Que lições essa tradição mexicana pode ensinar às crianças?
Além de girar muito em torno da família, o melhor dela é que abre uma discussão interessante sobre morte, um assunto para o qual não existem respostas. Esse é o aspecto mais fascinante dessa celebração, que é bem aberta e generosa. É mais fácil para as crianças falar sobre a morte do que para os adultos, então a festa pode ser um ponto de partida para falar disso.
O que você mais gosta em seu personagem Hector?
Eu gosto do ponto de vista dele em relação à vida. Afinal de contas, é um morto, um esqueleto na terra dos mortos. Não quero contar muitas coisas para não estragar o enredo, mas ele não busca um objetivo específico, só viver a vida e a experiência de querer e ser querido, que são prioridades corretas.
Como foi a experiência de fazer comédia para o público infantil e dar voz a um esqueleto?
Acho que comédia é comédia, não importa o público. Apesar de ser muito diferente fazer animação, há uma facilidade no exercício de gravar a voz de um personagem, porque ele é construído por muitas mãos. Esse trabalho em equipe tem um resultado incrível. Muitas pessoas participaram da construção do Hector e eu nem as conheço!
Quem você gostaria de encontrar se fosse para o mundo dos mortos?
Puxa, não sei, muita gente. Acho que John Lennon, Aristóteles… Com certeza seria um grande e divertido encontro.
A sua família já assistiu ao filme? O que acharam?
Sim e eles gostaram muito. No México ele já estreou e está indo muito bem, com milhões de ingressos vendidos. A adaptação foi fiel à tradição local e estamos muito impressionados com a repercussão.
Viva – A Vida é Uma Festa, tem direção de Lee Unkrich, diretor de “Toy Story 3”, codireção de Adrian Molina, artista de “Universidade Monstros” e é produzido por Darla K. Anderson, também de “Toy Story 3”.