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Entrevista: Gael García Bernal fala sobre novo filme da Disney

O ator é um dos destaques de Viva - A Vida é Uma Festa, animação que se passa no famoso Dia de Los Muertos mexicano e estreia em janeiro no Brasil

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 23 jan 2018, 20h11 - Publicado em 20 nov 2017, 12h11
 (Disney-Pixar/Disney)
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No dia 4 de janeiro, chega aos cinemas brasileiros Viva – A Vida é Uma Festa, longa metragem da Disney-Pixar que se passa em pleno Dia de Los Muertos, a celebração mais popular do México. Na história, o menino Miguel sonha em ser músico, mas qualquer tipo de música é proibida em sua família há gerações. Lutando para provar seu talento, ele vai parar no colorido mundo dos mortos, onde todos são esqueletos.

Lá ele busca a verdade sobre esse banimento, conhece seus ancestrais, celebridades e tem como grande companhia seu cachorro e o malandro Hector, dublado por Gael García Bernal.

Gael García Bernal dublando seu personagem em Viva – A Vida é Uma Festa
(Disney Pixar/Divulgação)

A data mexicana equivalente ao nosso Dia de Finados não é nada triste – pelo contrário! É uma enorme festa de rua, cheia de cor e música. Para recriar esse universo, o diretor e os produtores do filme pesquisaram por três anos as tradições do país. Gael, que é mexicano, já tinha uma boa experiência com essa comemoração, como contou nesse papo exclusivo com o Bebê.com.br. Confira!

Sua família celebrava o Dia de Los Muertos na sua infância?

Sim, comemorávamos desde que eu era bem pequeno. Era e ainda é uma parte fundamental da nossa cultura.

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Que lições essa tradição mexicana pode ensinar às crianças?

Além de girar muito em torno da família, o melhor dela é que abre uma discussão interessante sobre morte, um assunto para o qual não existem respostas. Esse é o aspecto mais fascinante dessa celebração, que é bem aberta e generosa. É mais fácil para as crianças falar sobre a morte do que para os adultos, então a festa pode ser um ponto de partida para falar disso.

O que você mais gosta em seu personagem Hector?

Eu gosto do ponto de vista dele em relação à vida. Afinal de contas, é um morto, um esqueleto na terra dos mortos. Não quero contar muitas coisas para não estragar o enredo, mas ele não busca um objetivo específico, só viver a vida e a experiência de querer e ser querido, que são prioridades corretas. 

Como foi a experiência de fazer comédia para o público infantil e dar voz a um esqueleto?

Acho que comédia é comédia, não importa o público. Apesar de ser muito diferente fazer animação, há uma facilidade no exercício de gravar a voz de um personagem, porque ele é construído por muitas mãos. Esse trabalho em equipe tem um resultado incrível. Muitas pessoas participaram da construção do Hector e eu nem as conheço! 

Quem você gostaria de encontrar se fosse para o mundo dos mortos?

Puxa, não sei, muita gente. Acho que John Lennon, Aristóteles… Com certeza seria um grande e divertido encontro.

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A sua família já assistiu ao filme? O que acharam?

Sim e eles gostaram muito. No México ele já estreou e está indo muito bem, com milhões de ingressos vendidos. A adaptação foi fiel à tradição local e estamos muito impressionados com a repercussão.

Uma amostra do mundo dos mortos
(Disney Pixar/Divulgação)

Viva – A Vida é Uma Festa, tem direção de Lee Unkrich, diretor de “Toy Story 3”, codireção de Adrian Molina, artista de “Universidade Monstros” e é produzido por Darla K. Anderson, também de “Toy Story 3”.

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