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Após jornada de amamentação, mulher cria joias feitas de leite materno

Elas eternizam um momento lindo e desafiador da maternidade. A artista ainda produz peças de memória, usando cinzas e até cabelo

Por Carla Leonardi
3 jul 2023, 16h02

Rachel Heinze, de 29 anos, deu à luz prematuramente o filho Lucas em 2020, e enfrentou muitas dificuldades para amamentar o pequeno, que veio ao mundo seis semanas antes do esperado. Inspirada no próprio esforço e em uma ideia que viu nas redes sociais, ela resolveu fazer um anel a partir de seu leite e imediatamente se apaixonou pelo processo de criação.

Pingente feito de leite materno. Tem formato redondo e três florzinhas.
(The Mirror/Rachel Heinze/Reprodução)

Ao notar que tinha habilidade para a tarefa, Rachel, que vive na Flórida, Estados Unidos, percebeu que poderia transformar o hobby em uma profissão. Assim, em novembro de 2021, o empreendimento foi finalmente lançado. “Quando eu li sobre joias de leite materno pela primeira vez, antes de ter filhos, achei estranho. Mas, depois de viver aquela jornada, passei a entender completamente porque as pessoas querem carregar parte dela consigo”, disse ao Mirror.

O histórico dessa mãe como neurocientista colaborou no entendimento do processo de preservação do leite materno, e ela desenvolveu um método que transforma o líquido em pó, garantindo a longevidade das peças. Isso leva por volta de 30 minutos, mas só após dois ou três dias a joia pode ser montada.

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“Eu não imaginava que faria tanto sucesso. Achei que venderia aqui a ali, apenas”, relatou. Com tantos pedidos, a empreendedora cuida dos negócios, da casa e dos filhos – Lucas e Michael – enquanto arruma tempo para fazer as joias, às vezes durante à noite, para dar conta das encomendas. Cada item é vendido por até 200 dólares (cerca de 960 reais).

Criadora das joias de leite materno está olhando e sorrindo para a foto, segurando o pingente de sua correntinha no pescoço. Ela é branca, tem os olhos azuis, o rosto rosado, os cabelos lisos, compridos e loiros.
(The Mirror/Rachel Heinze/Reprodução)

Joias de memória

Além do leite materno, Rachel passou também a montar peças com cinzas e até cabelo, eternizando entes queridos em acessórios. “Nas joias de memória, cada história é emocionante. Minha primeira peça foi para uma mãe que perdeu a filha. Ela morreu com um ano de vida e a mãe me mandou um pedaço do cabelo, um pouco de leite materno e também das cinzas da menina. Lembro-me de ter feito durante a noite e partiu tanto meu coração, que peguei meu filho dormindo só para tê-lo nos braços”, conta a artista.

Apesar do carinho dos clientes, Rachel precisa lidar com comentários negativos na internet, de pessoas que acham seu trabalho “nojento”. “Você aprende a ignorar, porque normalmente são homens que não entendem a amamentação. E tudo bem”, pondera ao afirmar que, ainda assim, é muito grata pelo sucesso que tem.

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