Surtos de crescimento em bebês: como reconhecer e lidar com essa fase
Saiba quais os períodos com maior crescimento dos pequenos e como se preparar

Nos primeiros meses de vida, os bebês passam por mudanças rápidas e intensas. Uma das mais marcantes é o chamado surto de crescimento — um período em que o bebê cresce mais rápido do que o habitual, tanto em peso quanto em altura. Esses momentos exigem bastante do organismo da criança e costumam gerar alterações no comportamento, alimentação e sono, o que pode pegar muitos pais de surpresa.
Esses surtos são esperados e fazem parte do desenvolvimento normal do bebê. Eles acontecem em momentos específicos e exigem atenção, paciência e alguns ajustes na rotina familiar. Entender os sinais pode ajudar a lidar melhor com essa fase.
Quando os surtos de crescimento costumam acontecer
No primeiro ano de vida, os surtos de crescimento são mais frequentes. Segundo especialistas, eles costumam ocorrer nos seguintes períodos:
- entre 7 e 10 dias de vida
- por volta de 3 semanas
- por volta de 6 semanas
- aos 3 meses
- aos 6 meses
Vale lembrar que essas datas são estimativas. Cada bebê tem seu próprio ritmo, e os surtos podem ocorrer um pouco antes ou depois desses marcos.
Principais sinais de que o bebê está em surto de crescimento
Um dos primeiros sinais de um surto de crescimento é a mudança no padrão de alimentação. O bebê passa a mamar com mais frequência, muitas vezes pedindo peito ou mamadeira em intervalos muito menores do que o habitual. Isso acontece porque o corpo dele está exigindo mais energia para sustentar o crescimento acelerado.
Outro sinal comum é a alteração no sono. Em alguns casos, o bebê pode dormir mais do que o normal, já que o sono é importante para a liberação do hormônio do crescimento. Em outros, ele pode ficar mais agitado, com dificuldade para dormir ou acordando várias vezes durante a noite.
A irritabilidade também pode aparecer. O bebê pode chorar mais, ficar impaciente e querer colo com mais frequência. Isso pode estar ligado a um desconforto físico causado pelas mudanças no corpo ou simplesmente à necessidade de mais acolhimento durante esse período.
Impactos no desenvolvimento físico e cognitivo
O surto de crescimento não afeta apenas o corpo. Nessa fase, o cérebro também passa por transformações importantes. Muitos bebês, após um período de crescimento mais intenso, começam a apresentar novas habilidades: alguns passam a segurar brinquedos com mais firmeza, outros a emitir novos sons ou até a rolar pela primeira vez.
Esses avanços fazem parte do processo de desenvolvimento global e mostram que o crescimento não se resume à parte física. Os surtos costumam anteceder ou coincidir com marcos importantes do desenvolvimento motor e cognitivo.
Como lidar com os surtos de crescimento
Para os pais, os surtos de crescimento podem representar dias (ou noites) mais intensos. Por isso, é importante:
- oferecer o peito ou a mamadeira sempre que o bebê demonstrar fome, mesmo que isso aconteça em intervalos curtos
- observar os sinais de sono e respeitar o ritmo da criança
- manter a rotina o mais tranquila possível, com ambientes silenciosos e acolhedores
- lembrar que essa fase é passageira e tende a durar de dois a três dias, em média
É comum que pais se perguntem se o bebê está mamando o suficiente. Uma dica importante é observar a quantidade de fraldas molhadas e sujas ao longo do dia. Se o bebê está fazendo xixi e cocô normalmente, é sinal de que está sendo bem alimentado.
Quando procurar orientação médica
Embora os surtos de crescimento sejam esperados, é importante diferenciar essas mudanças de outros problemas de saúde. Se o bebê apresentar febre, recusar todas as mamadas, ficar muito apático ou tiver outros sintomas que preocupem os pais, é indicado conversar com o pediatra. O acompanhamento regular com o profissional ajuda a esclarecer dúvidas e garantir que o desenvolvimento está seguindo dentro do esperado.