Seu filho está pronto para sair do berço? Veja como tornar essa mudança tranquila
Como lidar com a criança durante esse processo e dicas para fazer essa transformação de maneira segura

Trocar o berço por uma cama é um daqueles marcos que marcam o crescimento da criança e exigem atenção dos pais. Seja por conta da chegada de um novo irmão, do uso do penico ou simplesmente porque o pequeno está mais independente, essa mudança pede planejamento, paciência e sensibilidade. Afinal, não se trata apenas de trocar um móvel, mas de preparar a criança — e a rotina da casa — para uma nova fase.
Quando é a hora certa de fazer a transição
Não existe uma idade exata para que essa transição aconteça, mas ela costuma ocorrer entre 2 e 3 anos. O mais importante é observar sinais de que a criança está pronta, como tentar sair do berço sozinha, pedir mais autonomia ou demonstrar interesse por dormir em uma cama igual à dos adultos.
Em alguns casos, a mudança se antecipa por necessidades práticas, como a chegada de um novo bebê que precisará usar o berço. Seja qual for o motivo, o ideal é que a criança se sinta segura e tenha participado de alguma forma da decisão — mesmo que isso signifique apenas escolher a roupa de cama nova.
A cama vira cenário de descobertas (e testes)
Uma das primeiras descobertas da criança ao sair do berço é a liberdade. Poder entrar e sair da cama sem ajuda traz um senso de independência, mas também abre margem para escapadas noturnas e visitas inesperadas ao quarto dos pais. Esse novo comportamento é comum e faz parte do processo.
Para lidar com isso, vale reforçar a rotina do sono e manter regras claras, sempre com firmeza e afeto. Estabelecer horários, seguir o ritual do banho, colocar o pijama, ouvir uma história e apagar as luzes ajudam a dar previsibilidade e segurança para esse momento.
Mais do que conforto: segurança em primeiro lugar
Com a retirada das grades do berço, o risco de quedas durante o sono se torna uma preocupação. Para evitar acidentes, é possível usar barreiras laterais na cama ou optar por modelos baixinhos, próximos ao chão. Tapetes antiderrapantes e o cuidado com móveis com quinas também são bem-vindos.
Outro ponto importante é revisar o ambiente do quarto. Elimine objetos que possam representar risco, mantenha os fios elétricos fora do alcance e, se necessário, use travas em gavetas e bloqueadores nas portas para garantir que a criança não circule sozinha pela casa à noite.
Como lidar com os medos e inseguranças
Mesmo empolgada com a nova cama, é natural que a criança sinta medo do escuro, de ficar sozinha ou de sons desconhecidos durante a noite. Nesses casos, escutar o que ela tem a dizer e validar seus sentimentos é o primeiro passo. Luzes de apoio, bichos de pelúcia ou cobertores preferidos ajudam a criar um ambiente acolhedor.
Evite repreender se a criança levantar durante a noite para buscar os pais. Em vez disso, conduza com calma de volta à cama e explique que aquele é o espaço onde ela vai dormir. A repetição e a consistência são aliadas nesse processo de adaptação.
Transforme a transição em algo positivo
Convidar a criança a participar das pequenas escolhas pode fazer toda a diferença. Deixe que ela escolha os lençóis, o travesseiro ou até um novo bichinho para fazer companhia. Essa participação ativa ajuda a fortalecer o vínculo com o novo espaço e dá à criança uma sensação de controle e pertencimento.
Também é importante reforçar os avanços com elogios e palavras de incentivo. Cada noite bem dormida, cada vez que ela volta sozinha para a cama ou demonstra segurança, deve ser valorizada como conquista.