Quando o bebê começa a andar? Entenda o papel da genética e do ambiente
Saiba como estimular seu filho a dar os primeiros passos e entenda como o ambiente pode estimulá-lo
Acompanhar o desenvolvimento de uma criança é sempre emocionante, e um dos momentos mais esperados por pais e cuidadores é, sem dúvida, quando o bebê começa a caminhar. Aquela primeira tentativa de ficar de pé, o equilíbrio instável, e os passinhos ainda inseguros são marcos que costumam encher a casa de alegria. Por muito tempo, acreditava-se que o ambiente, como o estímulo dos pais e o espaço para explorar, era o principal responsável por esse avanço. Mas estudos recentes mostram que a genética também tem um papel importante nesse processo.
A influência dos genes no início da caminhada
Pesquisadores da Universidade de Surrey analisaram informações genéticas de mais de 70 mil crianças e chegaram a uma descoberta interessante: cerca de 25% da variação na idade em que os bebês começam a andar pode estar ligada aos genes herdados dos pais. Ou seja, além do ambiente, a carga genética também influencia quando a criança dá seus primeiros passos.
A pesquisa identificou 11 genes que parecem estar ligados ao desenvolvimento cerebral nas fases iniciais da vida e que, de alguma forma, se relacionam com o tempo que a criança leva para começar a andar. Outro dado curioso é que, segundo os resultados, crianças que começam a andar um pouco mais tarde podem ter, no futuro, melhor desempenho escolar e uma menor chance de desenvolver Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ainda assim, é importante lembrar que essas são apenas tendências estatísticas, cada bebê tem seu próprio ritmo, e andar mais cedo ou mais tarde não define o futuro da criança.
O ambiente ainda é fundamental
Apesar da influência genética, o ambiente continua sendo essencial no desenvolvimento motor. Uma alimentação nutritiva, por exemplo, fornece a energia necessária para que o bebê explore o mundo ao redor. Já uma dieta pobre pode afetar o interesse pela movimentação e atrasar esse progresso.
Outro ponto importante é o espaço. Bebês que passam muito tempo em cadeirinhas, carrinhos ou no colo, têm menos oportunidade de se movimentar. Já aqueles que vivem em ambientes seguros, com espaço para engatinhar, se apoiar e tentar levantar, são naturalmente mais estimulados. Um truque simples é deixar um brinquedo ou objeto de interesse fora do alcance do bebê: isso incentiva o esforço e estimula o movimento.
Cada criança tem seu próprio tempo
Embora muitos esperem que a criança esteja andando por volta de 1 ano de idade, a verdade é que há uma grande variação entre os bebês. É considerado normal começar a andar entre os 8 e os 18 meses. Essa diferença é natural e faz parte do processo de desenvolvimento de cada um.
O controle motor começa da cabeça para os pés. Primeiro a criança firma o pescoço, depois o tronco, e só mais tarde as pernas. Por isso, atingir um marco antes de outro bebê não quer dizer que ele será mais “habilidoso” no futuro. O mais importante é respeitar o ritmo de cada criança e oferecer suporte e encorajamento, sem pressão.
Quando ficar atento e procurar um especialista
Mesmo com tanta variação entre os pequenos, alguns sinais podem indicar que é hora de conversar com o pediatra:
- Se o bebê não consegue se manter em pé com apoio ao completar 12 meses;
- Se não anda com ajuda (segurando em móveis, por exemplo) aos 15 meses;
- Se não dá passos sozinho aos 18 meses.
É sempre bom observar e, se possível, gravar vídeos desses momentos, isso pode ajudar na avaliação durante a consulta médica.
Mais do que um marco: uma grande conquista
A genética pode influenciar, o ambiente pode estimular, mas o mais importante é que cada criança tenha espaço, tempo e apoio para se desenvolver à sua maneira. Estudos como esse mostram que não existe um “tempo certo” universal para começar a andar, cada passo é uma conquista individual. A infância não é uma corrida, mas sim um processo único, cheio de descobertas.
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