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O que é a psicomotricidade? E para que serve na infância?

Conhecida como ‘ciência do equilíbrio’, psicomotricidade é aliada para o desenvolvimento de bebês e crianças

Por Luana Pazutti
7 jul 2024, 07h00

Desde que nascemos, estamos conectados ao mundo por meio do corpo: é com ele que expressamos nossas vontades, necessidades, preferências e medos. 

Essa é a premissa da psicomotricidade: uma ciência dedicada aos vínculos entre o movimento, o pensamento e a emoção. Tudo isso, considerando a subjetividade de cada indivíduo. Essencial em todas as etapas do desenvolvimento, ela fortalece a percepção corporal, a autonomia, a autoestima e a comunicação de bebês e crianças.

Antes de tudo, o que é a psicomotricidade?

A psicomotricidade consiste na conexão entre três eixos fundamentais da existência humana: o emocional, o físico e o cognitivo. Ou seja, ela explora os movimentos em função das experiências vividas pelo sujeito, que, por sua vez, resultam de sua individualidade e socialização. 

Baseada em uma visão holística do indivíduo, ela reúne um conjunto de conhecimentos psicológicos, fisiológicos, antropológicos e relacionais, capazes de influenciar na forma como nos expressamos

Papel da psicomotricidade na infância

A educação psicomotora é importante em todas as etapas do desenvolvimento infantil, pois traça relações entre as funções motoras e psíquicas das crianças. Ao exercitar e compreender seus movimentos, os pequenos aprendem a se relacionar com o mundo, desvendando suas possibilidades e limitações. Da mesma forma, criam consciência sobre seus gestos, demonstrando suas necessidades, desejos e pensamentos.

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Além de contribuir para uma melhor percepção corporal, a psicomotricidade reforça a segurança e a maturidade, colaborando para a valorização da individualidade e da autoestima. As habilidades motoras finas e grossas, a criatividade e a comunicação também são fortalecidas nesse processo.

Como estimular a psicomotricidade na infância?

Não há uma fórmula específica para estimular a psicomotricidade infantil, mas há diversos hábitos que podem contribuir significativamente nesse processo. 

Atividades físicas são indispensáveis para desenvolver a percepção e a consciência corporal. A prática de esportes individuais ou em grupo, portanto, pode ser uma grande aliada.

Vale investir em brincadeiras que exercitem a coordenação motora, orientação espacial, ritmo, equilíbrio, organização temporal e a linguagem. Pega-pega, esconde-esconde, mímica, jogo da memória, quebra-cabeça e telefone sem fio são algumas das diversas possibilidades. 

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Então é só brincar?

Não há dúvidas de que as atividades lúdicas são essenciais para o desenvolvimento do corpo humano, mas a psicomotricidade não se resume a isso.

Um elemento fundamental é o ambiente. Um espaço seguro e estimulante faz com que as crianças se sintam à vontade para explorar suas habilidades. Passeios ao ar livre, por exemplo, podem tanto incentivar o contato com a natureza quanto fortalecer a autonomia e a criatividade. 

Os objetos também têm um propósito nessa construção. Colocar os pequenos em contato com materiais de diferentes tamanhos, texturas e formatos pode impulsionar a criatividade e os sentidos. 

Outro ponto importante é o papel dos adultos. A consolidação de um meio de afeto influencia no desenvolvimento da criança. Laços afetivos saudáveis podem proporcionar mais confiança e motivação para explorar o mundo e expressar sentimentos.

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