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Associação Americana de Pediatria sugere presentes simples neste Natal

Entidade reforça que brinquedos eletrônicos, tablets e aplicativos não têm eficácia comprovada no desenvolvimento infantil

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 12 dez 2018, 15h22 - Publicado em 12 dez 2018, 12h22
 (choreograph/Envato)
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O que dar de presente para crianças no Natal? Brinquedos com luzes que piscam, sons, telas e outros recursos eletrônicos são atraentes, mas não devem ser prioridade se o objetivo for o desenvolvimento dos pequenos. É o que o diz a Associação Americana de Pediatria (AAP) em novo relatório publicado nesta semana, de olho nas compras para o fim de ano.

No documento, a entidade aponta o fato de que, com o crescimento do setor de brinquedos eletrônicos e jogos virtuais, os pais passaram a acreditar que recursos do tipo são importantes para o desenvolvimento dos filhos. Mas há pouca evidência científica sobre o assunto — além do fato de que as telas e os estímulos sensoriais eletrônicos atrapalham as interações entre os pequenos e seus cuidadores.

“As pesquisas nos mostram que os melhores brinquedos não precisam ser luminosos, caros ou virem acompanhados de um aplicativo. O simples, nesse caso, é realmente melhor”, explicou a pediatra Aleeya Healey, uma das autoras principais do texto, em comunicado à imprensa. Para os especialistas, os brinquedos físicos são ideais pois incentivam a participação dos pais e facilitam o crescimento de novas habilidades.

“Uma tela ou tablet não dá o mesmo benefício de um brinquedo físico, e a mágica acontece quando os pais brincam com os filhos, seja brincando de faz de conta com bonecos, construindo blocos ou quebra-cabeças junto”, diz Alan Mendelsohn, coautor do relatório e professor na Universidade NYU Langone Health. Esses momentos compartilhados no mundo offline são mais importantes do que parecem.

O papel dos brinquedos físicos

Para os pediatras, eles são a chave para desenvolver o cérebro durante a infância, fortalecendo setores da mente como linguagem, cognição, resolução de problemas, interação social e ainda condicionamento físico. E a importância deles aumenta quando o bebê chega ao primeiro ano de vida. Só que nos últimos anos o tempo de brincadeira real foi sendo substituído pelas telas, o que pode ser prejudicial para o crescimento adequado dos filhos.

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No documento, a AAP reforça que, embora existam muitos jogos, sites e aplicativos com o propósito educacional, os menores precisam usar as mãos para explorar objetos e, assim, trabalhar áreas associadas à localização espacial, aprendizado matemático e coordenação motora. Além disso, pesquisas recentes mostram que, enquanto a criança brinca com eletrônicos, os adultos falam e interagem menos com elas, há menos conversa e vocalização em comparação às brincadeiras tradicionais, como blocos de construir, para citar um exemplo.

O que comprar?

Há cinco categorias para os brinquedos de acordo com o estímulo que eles promovem:

  • Simbolismo/Faz de conta: bonecos, carrinhos, objetos de cozinha e outros.
  • Coordenação motora fina: blocos, formas de encaixe, quebra-cabeça, trenzinhos.
  • Arte: giz, livros de colorir, tinta, massinha.
  • Linguagem: jogos de cartas, letras de brinquedo, jogos de tabuleiro.
  • Condicionamento físico/coordenação motora bruta: carros, triciclos, brinquedos de puxar e empurrar, corda.
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Os brinquedos devem ser adaptados à idade da criança: ao mesmo tempo em que ela deve ter a aptidão necessária para brincar com o objeto, ele, por sua vez, deve desafiar a criança de maneira que estimule novas habilidades.

Quando for às compras, tenha em mente que os brinquedos mais simples são os que têm maior potencial para trabalhar a imaginação e potencializar o desenvolvimento infantil.

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