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Chupeta e desenvolvimento infantil: riscos para a fala e a arcada dentária

É importante compreender os efeitos do uso prolongado desse acessório no desenvolvimento da fala e da estrutura facial

Por Redação Pais e Filhos
27 nov 2025, 09h00
Bebê de roupão com chupeta
 (bristekjegor/Freepik/Reprodução)
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Os primeiros sons emitidos pelos pequenos representam momentos de expectativa e emoção para toda família. Cada sílaba, cada balbucio é um passo no desenvolvimento da comunicação, e entender o ritmo natural da criança é essencial para favorecer a evolução verbal.

Embora seja comum recorrer à chupeta para acalmar os filhos, é importante compreender os efeitos do uso prolongado desse acessório no desenvolvimento da fala e da estrutura facial.

O limite seguro da chupeta

O uso moderado da chupeta, especialmente nos primeiros dois anos de vida, não prejudica o vocabulário. Porém, ultrapassado esse período, o objeto pode interferir nos movimentos naturais da boca, levando a uma postura incorreta de lábios e língua. Com o tempo, a criança passa a utilizá-lo mais pelo prazer de manter algo na boca do que pela sucção calmante.

Impactos na musculatura e na fala

O uso contínuo da chupeta após o período recomendado pode alterar a musculatura facial e a estrutura óssea da mandíbula. Além disso, há registro de mudanças na pronúncia de sons, como a substituição do “R” pelo “L” ou a predominância do som de “T” em diversas palavras. Quando esses padrões são repetidos, o cérebro grava a musculatura incorreta como normal, dificultando a correção posterior.

Estratégias para desapego

Ao decidir retirar a chupeta, a consistência é essencial. A criança precisa perceber que o objeto não fará mais parte de sua rotina, e os adultos devem manter a firmeza, mesmo diante de choros ou resistência. Um esforço conjunto de todos os membros da família garante maior eficácia e ajuda o pequeno a aceitar a mudança.

Como estimular a linguagem em casa

O desenvolvimento da fala depende de estímulos constantes. No ambiente doméstico, é possível incentivar a comunicação de forma divertida e natural:

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  • Nomear objetos enquanto interage com eles.
  • Descrever o mundo ao redor da criança.
  • Introduzir sinônimos e novos termos.
  • Ler histórias em voz alta e explorar sons de animais.
  • Oferecer brinquedos que incentivam a exploração de formas, cores e quantidades.

Brincadeiras que envolvam sons, como imitar veículos ou reproduzir vibrações com os lábios, também fortalecem os músculos faciais e favorecem a articulação correta das palavras.

O desenvolvimento verbal por etapas

O aprendizado da linguagem ocorre em fases, influenciado pelo estímulo diário:

  • Aos 6 meses: primeiras sílabas.
  • Aos 12 meses: reconhecimento de sons.
  • Aos 18 meses: união de dois vocábulos.
  • Aos 3 anos: formação de frases simples.
  • Até os 5 anos: comunicação precisa e mais elaborada.
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Caso essas etapas não sejam alcançadas no tempo esperado, a avaliação de profissionais especializados é recomendada para identificar e corrigir possíveis atrasos.

A quarentena e o fortalecimento da observação familiar

O período de isolamento social proporcionou aos pais mais tempo para observar a evolução da fala das crianças. Esse contato próximo possibilitou perceber detalhes que antes passavam despercebidos, fortalecendo os vínculos e permitindo ajustes precoces no estímulo à comunicação.

A chupeta é uma aliada temporária, mas o uso prolongado pode impactar negativamente o desenvolvimento da fala e a estrutura facial. A conscientização dos pais, aliada a estímulos diários de linguagem e à participação ativa da família, é essencial para que a criança alcance todo o seu potencial comunicativo de forma saudável.

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