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Bullying: como identificar e lidar com a situação?

O bullying é muito comum em ambientes educacionais, mas também pode ocorrer virtualmente ou na vizinhança

Por Gabriel Bortulini
8 set 2024, 07h00

O bullying é um tema importante e muito recorrente nas escolas, em narrativas audiovisuais e nas redes sociais. É uma palavra originada na língua inglesa e engloba uma série de intimidações sistemáticas. Conforme a Lei 14.811/24 o bullying é constituído por agressões contínuas de nível psicológico, verbal, física, virtual, sexual, entre outros tipos, com a característica de serem repetitivas, intencionais e sem uma evidente motivação.

É comum que as diferentes agressões ocorram concomitantemente. Essas intimidações têm a característica de expor e ridicularizar as vítimas, o que, de maneira geral, dificulta o diálogo com a criança ou adolescente que sofre a violência.

Sinais do bullying

O bullying é comumente acompanhado de uma série de sintomas. Entretanto, a resposta vai depender da própria subjetividade da criança, afinal, os comportamentos variam de pessoa para pessoa.

O importante é que os responsáveis – familiares e professores – estejam atentos para mudanças comportamentais.

Por exemplo: se uma criança era participativa em sala de aula e começou a apresentar resistência de ir à escola, é um possível sinal de alerta. A criança também pode começar a se isolar ou apresentar mudanças no apetite.

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A ansiedade é uma das primeiras reações das vítimas de bullying. O quadro pode se agravar com a recorrência das agressões. Nesses casos, a criança pode passar a agir com extrema apreensão, desencadeando, inclusive, episódios de pânico.

O agravamento pode, ainda, levar ao desenvolvimento de quadros depressivos, com o surgimento de problemas de ordem física e fisiológica, como gastrites, doenças respiratórias ou de pele.

Como agir em casos de bullying?

Caso os pais ou professores notem uma mudança repentina no comportamento da criança ou do adolescente, a abertura para o diálogo é imprescindível. Conversar de forma tranquila pode ser uma boa alternativa para deixar a criança à vontade para relatar o que está passando.

Menosprezar ou culpar a vítima definitivamente não é uma solução: ouvir, compreender e acolher é uma maneira de demonstrar empatia. Isso facilita o caminho para que ela se abra.

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Quem está sofrendo precisa da oportunidade para se expressar. Agir com agressividade dificulta o diálogo. Melhor do que isso, é ensinar a criança a lidar com situações estressantes, ajudando a fortalecer a autoestima, evidenciando as qualidades e auxiliando a enfrentar ocasiões de sofrimento e frustrações.

O contato entre os familiares ou responsáveis da vítima e a escola também é importante. As ações de enfrentamento devem ser conjuntas, para que a situação não piore.

O auxílio psicológico também é fundamental em muitos casos. A terapia pode estimular a autoestima da criança ou do adolescente, oferecendo um espaço de acolhimento e diálogo.

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