Baixa autoestima infantil: como identificar e auxiliar as crianças
Sensação de incapacidade em desempenhar determinadas tarefas é um dos sinais mais comuns da baixa autoestima — e não só em crianças
A autoestima é um aspecto intrínseco a todo ser humano: trata-se da ideia que cada pessoa constrói a respeito de si mesma e de seu valor quanto indivíduo. É um traço fundamental, presente em nossas vidas desde a infância.
É justamente nessa fase inicial que nossa personalidade começa a ser consolidada, e a autoestima exerce um papel primordial nesse processo.
Porém, dependendo do ambiente e da perspectiva dos adultos em relação à criança, é possível que ela desenvolva noções distorcidas a respeito do próprio valor com relação ao mundo.
Sinais da baixa autoestima na infância
A baixa autoestima pode ser identificada cedo e o desempenho escolar costuma ser uma boa bússola para os sinais. A timidez, o isolamento, o medo de opinar ou expor ideias podem ser sinais de que a criança está sofrendo silenciosamente em razão da baixa autoestima.
É preciso atentar tanto para os sinais verbais quanto para os não verbais: a baixa autoestima pode se esconder em sintomas físicos, como problemas de pele ou alergias. Vale lembrar que a somatização é uma importante forma de comunicação indireta, principalmente nos primeiros anos de vida, quando a linguagem verbal não foi plenamente desenvolvida.
Como ajudar a criança a lidar com a baixa autoestima?
Quando os sinais de baixa autoestima são percebidos, é importante dar atenção à abordagem e ao tratamento que se dá às crianças, uma vez que a convivência é um fator que pode desencorajar e desestimulá-las. Selecionamos aqui algumas práticas cotidianas para ajudar a criança a lidar com a situação:
- Atribuir responsabilidades às crianças: elas contribuem para aumentar a confiança dos pequenos e ajudam a desenvolver sua autonomia.
- Valorize o esforço da criança: essa também é uma ferramenta muito importante nessa fase. Mesmo que ela faça algo de uma maneira diferente, evite comparações com outras crianças. Aproveite a oportunidade para ensinar que cada pessoa é diferente e tem sua própria maneira de agir e pensar.
- Incentive coisas novas: novas experiências possibilitam que a criança compreenda e lide melhor com as frustrações e os erros. Dessa forma, os equívocos se tornarão aprendizados e não uma trava.
- Ouça e respeite a criança: isso não significa que os pais devem realizar todos os pedidos dos filhos, mas é essencial dar importância e escutar o que eles têm a dizer. A escuta também cria a abertura para que a criança aprenda e se sinta confortável para falar sobre as próprias emoções.