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Tainá Müller fala sobre as dificuldades da amamentação: “O início dura uma eternidade”

A atriz usou as redes sociais para revelar os problemas que enfrentou ao dar de mamar e, em texto inspirador, incentivou outras mães a não desistirem!

Por Nathália Florencio
Atualizado em 26 out 2016, 21h03 - Publicado em 10 ago 2016, 21h24

“Amamentar não é uma tarefa fácil”. Foi com essa frase que Tainá Muller começou o desabafo que fez em seu perfil no Instagram na noite desta quarta-feira, 10, sobre a dura jornada do aleitamento materno. Mãe de primeira viagem, a atriz revelou as dificuldades que enfrentou para dar de mamar para o pequeno Martin, que nasceu um pouco antes do tempo – no dia 27 de maio, com oito meses de gestação – e agora está com quase três meses de vida. “É importante que a mãe tenha todo o suporte e apoio para conseguir cumprir essa missão. O início é hard core, poucas pessoas falam disso. O início dura uma eternidade. Dói, cansa em um grau desesperador. A gente não dorme”, escreveu a atriz.

Na legenda da linda imagem em que aparece amamentando o filhote, Tainá contou que sofreu com uma candidíase mamária e relatou inúmeros outros problemas que qualquer mãe pode passar durante a fase da lactação: pega errada, leite que empedra, dor que parece infinita… Apesar disso, ela destacou que, atravessando todas as adversidades que surgem no começo, amamentar é algo recompensador – mas que não deve ser sinônimo de sofrimento para as mães. Para isso, as mulheres precisam pedir ajuda ao sinal de qualquer obstáculo.  “Se dói muito e por muito tempo, tá errado. Não caia na cilada do ‘padecer sem paraíso’ de uma amamentação problemática só porque todo mundo ao seu redor diz que isso é normal. Cobre esse paraíso, porque ele existe e você merece!”, aconselhou.

Leia o texto da atriz na íntegra:

“Amamentar não é uma tarefa fácil, é importante que se diga isso. É importante que a mãe tenha todo o suporte e apoio pra conseguir cumprir essa missão. O início é hard core, poucas pessoas falam disso. O início dura uma eternidade. Dói, cansa em um grau desesperador. A gente não dorme. Um dia você pode ter excesso de leite e empedrar, no dia seguinte pode não ter quase nada, justamente porque no dia anterior doeu. A dor bloqueia a ocitocina e aí o dominó químico hormonal trava. Só mais um de todos os paradoxos que nós, mulheres-contemporâneas-que-não-andam-de-peito-de-fora, temos que enfrentar. E a gente chora, chora.. É absolutamente normal que você fraqueje, pense em desistir. Por que algo tão natural pode ser sofrido? Será que desconectamos a esse ponto da natureza? Aí você descobre que uma candidíase mamária ou uma pega errada ou tudo junto ao mesmo tempo pode estar botando tudo a perder. É nessa hora que você chama ajuda. E não aceita o ‘é assim mesmo’ que vem de todos os lados. Não é assim mesmo. Se dói muito e por muito tempo, tá errado. Busque ajuda. Não caia na cilada do ‘padecer sem paraíso’ de uma amamentação problemática só porque todo mundo ao seu redor diz que isso é normal. Cobre esse paraíso, porque ele existe e você merece!

Hoje, posso dizer que estabilizamos nossa amamentação e curtimos esse momento só nosso. Amamentar é só o início da importantíssima missão que é formar um indivíduo saudável, em todos os sentidos. Um cidadão desse mundo louco. Pede caverninha, concentração, entrega absoluta. É um trabalho intenso e sem folga. Mas é tão, tão compensador e lindo ver as bochechas, as coxas e as dobrinhas do seu bebê surgindo só com seu leite que tudo isso vale a pena. Descobri que a amamentação é uma nutrição mútua e é assim que deve ser. Não é pra ser sofrimento. Cada mulher sabe o seu limite e uma boa mãe é, acima de tudo, uma mãe feliz. Se não aguentar, não se violente. Não se culpe por ter que dar fórmula. Mas se você realmente quer amamentar, ter essa postura quase rebelde (totalmente contraditória às demandas do nosso tempo) vale a pena dar uma insistida e atravessar a árdua jornada inicial. Tem um pote de ouro no final desse arco íris”.

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