Colocar o bebê para dividir o colchão com os pais durante a noite é uma prática reprovada por muitos especialistas – e praticada por inúmeros casais. A preocupação de pediatras e estudiosos do tema é que incluir a criança na mesma cama em que a mãe e o pai dormem aumenta o risco de morte súbita. Isso porque, num descuido involuntário dos pais adormecidos, o pequeno pode ser sufocado, por exemplo. Mas há quem defenda e aponte benefícios de passar a noite junto do filhote.
Recentemente, pesquisadores ingleses publicaram, no periódico científico Acta Paediatrica, um estudo que mostrou que a cama compartilhada ajuda a aumentar o período de amamentação dos baixinhos. Participaram do levantamento 870 mães de primeira viagem. Durante a gravidez, elas responderam a questionários sobre a intenção de amamentar e, depois do parto, deram informações sobre o tempo em que alimentaram seus filhos no peito e contaram, ainda, se praticavam a cama compartilhada.
Os resultados da pesquisa demonstraram que a maioria das mulheres que disseram dormir com os filhotes frequentemente ainda amamentava seus pequenos após eles completarem 6 meses de vida. Aquelas que alegaram dividir a cama às vezes eram mais propensas a estender o aleitamento até o quinto mês, mais ou menos. E as participantes que raramente pegavam no sono com as crianças davam de mamar ao longo de três meses, apenas.
Intenção de amamentar
Os cientistas também avaliaram que 95% das mães que fazem cama compartilhada manifestaram, ainda na gestação, uma grande vontade de amamentar. Na gravidez, a intenção de dar o peito foi declarada por 87% das participantes que dormiam às vezes com o filho e por 82% das que raramente levavam os bebês para o mesmo colchão. Segundo os autores do estudo, isso explicaria os índices de aleitamento encontrados após o nascimento das crianças.
Conscientização sobre os riscos
Os estudiosos ponderam que mesmo quem é adepto da cama compartilhada ou pretende praticá-la quando tiver filho deve se informar sobre os perigos envolvidos e o que fazer para minimizá-los. Portanto, se você faz parte de algum desses grupos, ter uma boa conversa com um pediatra ou outro especialista no assunto é fundamental.