Leite fraco, pega correta e mais: 9 mitos sobre amamentação esclarecidos
A circulação de informações falsas sobre amamentação podem promover inseguranças entre os pais. Saiba se é mito ou realidade aqui:

Quando o assunto é amamentação, há muitas informações circulando que nem sempre são verdadeiras. A falta de conhecimento pode gerar receio e insegurança nas mães, dificultando esse momento tão importante para o bebê. Para esclarecer dúvidas, listamos nove mitos:
1. Se o seio não fica cheio e duro, não está produzindo leite suficiente
Nos primeiros dias, é comum que os seios fiquem mais cheios e endurecidos porque a produção de leite ainda não está ajustada à demanda do bebê. Com o tempo, a produção se regula e o leite passa a ser produzido conforme o bebê suga, sem acúmulo excessivo nos seios.
2. Quem tem seios grandes produz muito leite e quem tem seios pequenos, pouco leite
O tamanho dos seios não interfere na produção de leite. O volume mamário é determinado por músculos e gordura, enquanto a produção de leite está relacionada à sucção do bebê e ao estímulo à glândula mamária.
3. Quem tem mamilos planos ou invertidos não consegue amamentar
Mamilos planos ou invertidos podem tornar a amamentação mais difícil no início, mas isso não impede a alimentação do bebê. O mais importante é que o bebê faça a pega correta, abocanhando a maior parte possível da aréola, e não apenas o mamilo.
4. Beber muita água aumenta a produção de leite
Hidratação adequada é essencial para o funcionamento do organismo e pode contribuir indiretamente para a amamentação, mas a produção de leite depende, principalmente, da sucção do bebê e da liberação dos hormônios prolactina e ocitocina. Beber mais água do que o necessário não aumenta o volume de leite.
5. O bebê precisa de leite artificial até a descida do leite
Nos primeiros dias após o parto, o corpo já produz colostro, um leite rico em nutrientes e anticorpos fundamentais para o bebê. A descida do leite acontece, em média, 72 horas depois do nascimento, mas não é necessário complementar a alimentação com leite artificial.
6. O bebê deve mamar a cada três horas
A amamentação deve ser feita em livre demanda, ou seja, sempre que o bebê demonstrar fome. Assim como os adultos, os bebês podem sentir necessidade de mamar em intervalos diferentes, dependendo de fatores como crescimento e temperatura ambiente. Nos dias mais quentes, por exemplo, o bebê pode mamar mais vezes para se hidratar.
7. O leite materno pode ser fraco
Não existe leite fraco. O leite materno tem a composição ideal para o bebê, independentemente da alimentação da mãe. A variação no ganho de peso entre os bebês pode ocorrer por outros fatores, como pega incorreta, dificuldades na amamentação ou oferta em horários fixos.
8. A mulher não pode tomar nenhum remédio durante a amamentação
Alguns medicamentos são seguros para lactantes, enquanto outros exigem mais cuidado. O Manual Técnico do Ministério da Saúde classifica os remédios em categorias: os de uso compatível (verde), os que exigem cautela (amarelo) e os contraindicados (vermelho). Sempre consulte um profissional de saúde antes de tomar qualquer medicamento.
9. Na volta ao trabalho, é necessário desmamar o bebê
Mesmo depois de voltar ao trabalho, a mãe pode continuar oferecendo leite materno ao bebê. A ordenha e o armazenamento adequado do leite permitem que outra pessoa ofereça o alimento durante a ausência da mãe. Quando estiverem juntos, a amamentação direta pode ser mantida para fortalecer o vínculo e manter a produção de leite.
Com informação correta e apoio, a amamentação pode ser uma experiência mais tranquila e satisfatória para mães e bebês.