Amamentação

Engasgo na amamentação: o que fazer e como prevenir situações de risco

Amamentar é um momento muito importante de criação de vínculo entre a mãe e o bebê, mas requer muitos cuidados

Por Redação Pais e Filhos
Atualizado em 19 mar 2025, 17h12 - Publicado em 18 mar 2025, 17h00

Amamentar é um momento especial, mas que pode trazer desafios para as mães, especialmente o medo de que o bebê se engasgue. É comum ouvir tosses durante a mamada, já que essa é uma forma de defesa natural do corpo. No entanto, entender como controlar o fluxo de leite, ajustar a posição do bebê e saber como agir em situações de emergência pode deixar esse momento mais tranquilo.

Como ajustar o fluxo de leite para evitar engasgos

A produção de leite varia de mãe para mãe e, quando o fluxo é muito intenso, o bebê pode ter dificuldade para acompanhar a quantidade de leite que sai. Algumas estratégias simples ajudam a controlar esse fluxo:

Romper a sucção: Se perceber que o leite está saindo muito rápido, interromper a mamada com cuidado pode ser útil. Basta posicionar o dedo mindinho no canto da boca do bebê para romper o vácuo e, depois de alguns instantes, retomar a mamada.
Posicionar o bebê na vertical: Segurar o bebê em uma posição mais ereta, com a cabeça elevada, ajuda a controlar a descida do leite e facilita a deglutição.
Amamentar deitada: Deitar-se de lado com o bebê também deitado facilita o escoamento do leite, diminuindo a força com que ele chega à boca do bebê.
Expressão de leite antes da mamada: Retirar uma pequena quantidade de leite antes de oferecer o peito pode aliviar o fluxo inicial, mas é importante não exagerar para não estimular ainda mais a produção.

O que fazer se o bebê se engasgar durante a mamada

Na maioria das vezes, o próprio bebê resolve o engasgo tossindo, mas é importante saber identificar sinais de alerta. Se a pele do bebê ficar arroxeada ou ele apresentar dificuldade para respirar, buscar ajuda imediata é essencial. Enquanto o socorro não chega, é possível tentar algumas manobras de primeiros socorros:

Palmadas nas costas: Segurar o bebê de bruços, com a cabeça mais baixa que o tronco, e dar leves tapinhas nas costas para tentar desalojar o leite.
Compressões torácicas: Em casos mais graves, pequenas compressões no centro do tórax, feitas com delicadeza, podem ajudar a desobstruir as vias aéreas.

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Essas manobras devem ser feitas com cuidado e, sempre que houver dúvidas, é importante buscar orientação de um profissional de saúde para aprender a executá-las corretamente.

Como o ingurgitamento mamário pode aumentar o risco de engasgo

Seios muito cheios e endurecidos, condição conhecida como ingurgitamento mamário, dificultam a pega correta do bebê e podem intensificar o fluxo de leite. Para aliviar o desconforto e facilitar a mamada, algumas ações simples podem ajudar:

Massagem na aréola: Movimentos suaves ao redor do mamilo ajudam a amolecer a região e facilitam a sucção.
Compressas frias: Aplicar compressas frias nos seios entre as mamadas reduz o inchaço e traz alívio para a mãe.
Ajustar a frequência das mamadas: Oferecer o peito com mais frequência evita que os seios fiquem muito cheios, reduzindo o risco de ingurgitamento.

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Caso o problema persista ou cause muita dor, procurar orientação médica é fundamental para encontrar a melhor solução.

Amamentação é aprendizado para mãe e bebê

Amamentar é um processo de adaptação para a mãe e para o bebê. Com o tempo, ambos desenvolvem sintonia e aprendem as posições e ritmos que funcionam melhor. Manter o acompanhamento com o pediatra, trocar experiências com outras mães e buscar informações atualizadas são atitudes que fazem toda a diferença para tornar a amamentação um momento mais seguro e leve.

Com paciência, prática e os cuidados certos, é possível aproveitar essa fase tão importante do desenvolvimento do bebê, fortalecendo o vínculo entre mãe e filho com mais confiança e tranquilidade.