Bico de silicone para amamentação: quando é indicado e como usar com segurança

Mesmo com limitações, entenda como os bicos de silicone podem proteger momentaneamente o bem-estar da mãe

Por Redação Pais e Filhos
12 jul 2025, 17h00
bico de silicone
 (pvproductions/Reprodução)
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A fase de espera pela chegada do bebê é cheia de descobertas, dúvidas e muitos aprendizados, especialmente quando o assunto é a amamentação. Entre os diversos itens que podem surgir nesse momento, existe um em especial que costuma gerar bastante conversa entre profissionais de saúde e mães: os bicos de silicone, usados durante a amamentação. Esses protetores, feitos de material flexível, são colocados sobre o mamilo e podem ajudar em situações específicas, como quando os seios têm bico invertido, estão sensíveis ou com pequenas fissuras.

Apesar de parecerem uma solução prática, o uso dos bicos de silicone exige atenção. Eles não são indicados para todas as mulheres e podem, em alguns casos, dificultar o aleitamento em vez de ajudar. Por isso, é fundamental que o uso seja sempre orientado por um profissional de saúde, como uma consultora de amamentação ou um pediatra. Dessa forma, é possível garantir conforto e segurança tanto para a mãe quanto para o bebê.

A finalidade desses acessórios: conforto e posicionamento adequado

Muitas vezes, as mães optam por esses escudos de silicone com o intuito de diminuir os incômodos iniciais que podem surgir durante a fase de adaptação à alimentação ao seio, além de auxiliar o pequeno a conseguir um encaixe satisfatório na região mamária. Contudo, é fundamental ter em mente que uma aplicação inadequada pode impactar negativamente a capacidade de produção de leite e o fluxo lácteo. Por essas razões, a supervisão de um especialista infantil ou de um orientador de aleitamento é extremamente aconselhável. O protetor pode proporcionar soluções em cenários particulares, funcionando como uma barreira provisória que resguarda a ponta do seio enquanto o bebê se acostuma com a sucção. Para mulheres que enfrentam problemas como sensibilidade acentuada ou rachaduras nas pontas dos seios, este acessório pode oferecer um alívio momentâneo e facilitar a nutrição infantil.

Vantagens e limitações: um olhar equilibrado

Ainda que os benefícios sejam notáveis em situações específicas, as restrições naturais a esses dispositivos também merecem consideração. Uma respeitada entidade de saúde pediátrica brasileira adverte que não existem evidências de que os protetores de silicone assegurem a manutenção da produção de leite ou uma quantidade de lácteo suficiente para o desenvolvimento saudável do lactente. Assim sendo, sua aplicação deve ser restrita a períodos curtos, acompanhada de um plano bem delineado para sua interrupção. Apesar de protegerem a ponta do seio da genitora, é fundamental entender que eles são uma solução paliativa, não definitiva, e seu uso prolongado sem supervisão pode gerar complicações futuras.

Momentos indicados para sua utilização

O recurso aos protetores de silicone é, via de regra, recomendado para casos em que outras abordagens não conseguem solucionar dificuldades de posicionamento ou dor durante o processo de aleitamento. Por exemplo, mães com lesões significativas nas pontas dos seios podem se beneficiar da utilização provisória desses artefatos. No entanto, é imprescindível que haja um planejamento para suspendê-los o quanto antes, visando evitar problemas a longo prazo. Orientadores em lactação sugerem metodologias diversas antes de recorrer a esses acessórios de silicone. Técnicas como a aplicação de bolsas geladas ou a estimulação manual das pontas mamárias podem auxiliar na correção do encaixe do bebê sem a necessidade de coberturas. Em situações de pontas dos seios voltadas para dentro, abordagens para modelá-las gradualmente são, com frequência, mais eficazes.

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Garantindo a segurança durante o uso

Se, após uma avaliação médica detalhada, o uso dos escudos de silicone for aprovado, certos cuidados se tornam indispensáveis para assegurar sua eficácia e segurança. Antes de posicioná-los na mama, é recomendável umedecer a porção interna do dispositivo e dobrar a parte interna dele. Esse procedimento auxilia na adaptação do protetor à ponta do seio. Tal ação assegura que o equipamento esteja bem posicionado, minimizando riscos de lesão para a mulher e otimizando a transferência de leite para o bebê.

Além disso, a regularidade de utilização deve ser acompanhada de perto por um profissional da saúde. O acompanhamento periódico garantirá que a mãe e seu filho não enfrentem complicações futuras ligadas ao emprego duradouro desse tipo de instrumento.

O papel fundamental do acompanhamento profissional

Os protetores mamários de silicone representam um recurso valioso em algumas situações específicas da jornada de aleitamento, especialmente quando há desconforto intenso ou dificuldade de o pequeno conseguir a sucção adequada. Contudo, a opinião profissional é o pilar para uma utilização segura e eficaz. A falta de evidências sobre sua capacidade de manter a produção de leite a longo prazo, somada ao risco de comprometer o fluxo lácteo se usados incorretamente, ressalta a necessidade de um plano claro para sua retirada gradual. Ao sempre buscar a orientação de um especialista em pediatria ou em lactação, as mães garantem que estão tomando as decisões mais acertadas para a nutrição e o bem-estar de seus filhos, transformando o desafio inicial em uma experiência de conexão e amor.

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