Amamentação segura: o que fazer para evitar engasgos do bebê
Veja algumas dicas para acabar com suas inseguranças na hora de amamentar

Amamentar é um momento de conexão entre mãe e bebê, mas também pode vir acompanhado de dúvidas e inseguranças. Uma das preocupações mais comuns entre mães, especialmente nos primeiros meses, é o risco de engasgos durante a amamentação. Tosses e sons estranhos podem parecer alarmantes, mas muitas vezes fazem parte do ajuste natural que o bebê precisa fazer para coordenar a respiração com a sucção. Ainda assim, entender as causas dos engasgos e como prevenir essas situações ajuda a deixar o momento da amamentação mais tranquilo.
A seguir, veja quais posturas podem ser adotadas para controlar o fluxo do leite, quando buscar ajuda profissional e como lidar com questões como o ingurgitamento mamário.
Por que o bebê engasga durante a amamentação?
Durante a mamada, é comum que o bebê precise de um tempo para aprender a coordenar os movimentos de sucção e deglutição com a respiração. Quando o fluxo de leite é muito intenso, especialmente nos primeiros meses de amamentação ou em casos de grande produção, o bebê pode se engasgar por não conseguir acompanhar a quantidade de leite que está sendo liberada. Isso pode causar tosse, pequenas pausas na respiração e até sustos nos cuidadores.
O que fazer para reduzir os engasgos
Algumas mudanças na posição do bebê e na forma como o leite é oferecido podem ajudar a controlar melhor o fluxo e evitar os engasgos:
- Adotar uma posição vertical: Amamentar com o bebê mais ereto favorece o controle do leite que chega até a boca, pois a gravidade ajuda a reduzir a velocidade do fluxo.
- Amamentar deitada de lado: Essa posição permite que o leite escoe com mais suavidade. Deitada ao lado do bebê, a mãe pode perceber melhor o ritmo da sucção e fazer pausas, se necessário.
- Retirar o excesso de leite antes da mamada: Quando a produção está alta e o leite sai com muita força, esvaziar um pouco o seio antes da mamada pode tornar o fluxo mais suave. Basta retirar manualmente ou com auxílio de uma bomba uma pequena quantidade antes de oferecer o peito.
- Interromper a mamada momentaneamente: Se perceber que o bebê está engasgando, remover o seio com delicadeza para que ele se reorganize e volte a mamar com mais calma pode ser útil.
E se o bebê engasgar de forma mais grave?
Apesar de serem raros, engasgos graves podem acontecer. Nesses casos, é importante identificar os sinais de alerta, como dificuldade para respirar, lábios ou pele arroxeados e ausência de som. Nessa situação, a primeira atitude deve ser buscar ajuda médica imediata.
Enquanto o socorro não chega, é possível realizar manobras de primeiros socorros:
- Coloque o bebê de bruços sobre o antebraço, com a cabeça ligeiramente abaixo do tronco.
- Dê leves palmadas entre as escápulas, com a mão em concha.
- Se não funcionar, vire o bebê de barriga para cima e faça compressões torácicas suaves, utilizando dois dedos na linha do esterno.
Essas manobras devem ser feitas com orientação adequada. Por isso, o ideal é que os pais ou responsáveis façam um curso de primeiros socorros com foco em bebês.
Quando o seio cheio atrapalha a amamentação
Seios ingurgitados — ou seja, duros e cheios de leite — podem dificultar a pega do bebê e contribuir para engasgos. Além disso, a pressão no peito pode fazer com que o leite saia com mais força. Algumas medidas ajudam a aliviar o desconforto:
- Massagear a aréola: Movimentos circulares suaves ajudam a amolecer a região e facilitar a sucção.
- Fazer compressas frias entre as mamadas: Isso pode reduzir o inchaço e melhorar o fluxo.
- Amamentar com mais frequência: Ajustar a regularidade das mamadas pode ajudar a equilibrar a produção de leite e evitar que os seios fiquem muito cheios.
Caso o problema persista, é recomendado buscar orientação com um profissional de saúde ou consultora de amamentação.